A 26 de dezembro de 2016, São Tomé e Príncipe e a China anunciaram a recuperação das relações diplomáticas.
Alguns dias depois, o país africano de língua portuguesa pediu ajuda imediata ao governo chinês.
Por falta da garantia técnica, a Central de Santo Amaro, que abastece 50% da energia elétrica para a capital do país, parou de funcionar. O governo são-tomense pediu, então, à China o envio de uma equipe de especialistas capazes de identificar e resolver o problema.
Informada da missão no dia 30 de dezembro, a China Datang Corporation formou várias equipes de coordenação, incluindo comunicação, apoio técnico, e garantia de logística, a fim de elaborar um plano de recuperação. O primeiro grupo de cinco especialistas foi enviado no dia 18 de janeiro.
Após uma viagem de 26 horas, os técnicos chegaram a São Tomé. “Ficamos hospedados no melhor hotel da ilha, mas aconteceram 3 apagões durante a noite”, disse Huang Tao, um dos técnicos.
“As relações diplomáticas tinham sido recuperadas recentemente, São Tomé e Príncipe era um país totalmente desconhecido para nós”, explicou Huang Tao ao Diário do Povo. “Não conhecíamos o ambiente, os equipamentos nem as pessoas”.
Nos últimos dois anos, a central não tinha sido submetida a qualquer manutenção geral e a gerência da mesma era caótica.
Após uma verificação inicial, os técnicos descobriram que dois dos cinco geradores estavam avariados.
Além da falta de peças, a língua foi outro desafio. Os são-tomenses falam português, mas as etiquetas das máquinas estavam escritas em inglês e coreano, o que dificultava ainda mais a comunicação. Com o apoio dos colegas na China e a ajuda de um aplicativo de celular de tradução, os técnicos conseguiram contornar a barreira linguística.