Brasília, 24 abr (Xinhua) -- A economia brasileira perdeu 63.624 empregos formais em março, informou quinta-feira o Ministério do Trabalho.

O Registro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou 1,251 milhão de contratações e 1,324 milhão de demissões e foi de encontro ao que analistas previram para março, uma média de 9 mil postos de trabalho criados.

O Brasil fechou o primeiro trimestre com 64.378 postos de trabalho a menos. Nos últimos 12 meses, a perda somou 1,09 milhão de vagas.

Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o ponto positivo é que houve menos fechamentos de vagas, levando-se em conta que no primeiro trimestre de 2016 elas somaram 303.400.

"Isso indica que o Brasil caminha para a estabilidade e logo poderá garantir um crescimento sólido na criação de empregos. A perda de postos do trabalho tem diminuído de forma sistemática e esta é a tendência, mês a mês", afirmou o ministro.

Nogueira negou que os resultados de março tenham provocado frustração e reiterou que "as medidas que o governo adotou enviaram um sinal de estabilidade para o mercado".

O balanço do mercado de trabalho em março confirmou as dificuldades que a maior economia da América Latina tem enfrentado para sair do pior ciclo recessivo de sua história, com quedas de 3,8% do PIB em 2015 e 3,6% em 2016.