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China e África reforçam combate contra a malária

Fonte: Xinhua    24.04.2017 15h28

Nairóbi, 24 abr (Xinhua) -- A China tem ajudado os países africanos a intensificar seu combate contra a malária através da pesquisa biomédica, formação de profissionais médicos e fornecimento de medicamentos baratos, indicaram representantes durante um simpósio China-África sobre a eliminação de enfermidades tropicais.

O simpósio foi organizado pelo Ministério da Saúde do Quênia em conjunto com a Administração Estatal de Medicina Tradicional Chinesa e a Universidade de Medicina Chinesa de Guangzhou.

Em seu discurso inaugural, o secretário de Saúde do Quênia, Cleopa Mailu, elogiou a contribuição da China no combate à malária, uma das principais causas de morte entre crianças e mulheres grávidas na África.

"Aplaudimos os cientistas chineses que descobriram os ingredientes da terapia de combinação com a artemisinina, que chega em um momento oportuno, quando o tratamento contra a malária mostrou ser um desafio a nível mundial", disse Mailu.

O secretário assinalou que a sofisticada indústria de medicina alternativa da China inspirou os países africanos a desenvolver sua própria resposta contra as enfermidades tropicais.

Estiveram presentes no simpósio China-África importantes representantes de governos e especialistas de saúde de todo o continente.

Também estiveram presentes o embaixador da China no Quênia, Liu Xianfa; o sub-diretor da Comissão Nacional da Saúde e do Planejamento Familiar da China, Wang Guoqiang; e o diretor do Departamento de Medicina Tradicional Chinesa da Província de Guangdong da China, Xu Qingfeng.

O secretário queniano indicou que uma robusta colaboração sino-africana é crucial para impulsionar a prevenção da malária e o gerenciamento dos casos.

Por sua vez, o embaixador chinês no Quênia Liu Xianfa disse que Beijing está comprometida em ajudar os países africanos a combater a grande carga da malária, um obstáculo para o progresso econômico e o desenvolvimento social do continente.

Os países africanos estão dispostos a utilizar a medicina tradicional chinesa para combater a malária, uma doença que é responsável pela perda de 1,5% do produto nacional bruto (PNB) nos países com altas taxas de infecção.

Fouad Mohadji, ex-vice-presidente de Comores, país localizado no Oceano Índico, disse que os países africanos têm se utilizado das vantagens de conhecimento chinesas sobre a medicina complementar e alternativa para revigorar os programas de controle e tratamento da malária.

"O continente deve adotar as terapias alternativas da China que sejam baratas e que comprovaram ser efetivas no tratamento da malária", disse Mohadji.

Comores foi declarada livre da malária há alguns anos atrás graças a uma robusta cooperação com a China que tinha como objetivo conter a doença tipicamente tropical no país.

Outros países como Quênia, Maláui e Togo registraram uma queda dramática no número de casos de malária devido a uma forte cooperação com a China.

Mohadji disse que a cooperação sino-africana em pesquisa e desenvolvimento de novos remédios irá acelerar o progresso rumo a eliminação da malária no continente.

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