"O fato de que as delegações de alguns países, principalmente do grupo ocidental, estão sempre se afastando de aceitar a solução proposta por nós e pelos iranianos, sugerem que de fato não estão interessados em estabelecer a verdade", disse Shulgin, acrescentando que o lado russo está disposto a tomar todas as medidas que julgar apropriado para esclarecer o que aconteceu em Khan Sheikhun.
O diretor-geral da OPAQ, Ahmet Üzümcü, disse na quarta-feira que a missão de investigação da organização sobre o ataque químico encontrou vestígios de gás sarin nos corpos das vítimas.
Mais cedo na quinta-feira, o Ministério da Defesa russo chamou a declaração de uma conclusão "precipitada", dizendo que levanta grandes questões.
"Quem tomou as amostras, de onde e como? Quem precisamente na OPAQ examinou os bioensaios? (...) Se realmente existisse Sarin em Khan Sheikhun, como a OPAQ poderia explicar os charlatães de Capacetes Brancos pulando no vapor de Sarin sem qualquer proteção? Todos viram.” Disse o porta-voz do ministério, General Igor Konashenkov.
"Gostaríamos de receber de Ahmet Üzümcü respostas claras a todas essas perguntas o mais rapidamente possível", acrescentou.
"Somente realizar uma investigação objetiva do incidente no local, em Khan Sheikhun, ajudará a estabelecer a verdade sobre as questões do que realmente aconteceu lá e quem deve assumir a responsabilidade pelo ataque", disse Konashenkov.
Os Capacetes Brancos, uma organização voluntária que opera em áreas controladas pelos rebeldes da Síria com financiamento dos EUA, Reino Unido e outros governos ocidentais, tem sido repetidamente acusada pelo Ministério das Relações Exteriores russo de produzir relatórios falsos.