António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, designou Malala Yousafzai como Mensageira da Paz das Nações Unidas, na sede da ONU em Nova Iorque, a 10 de abril de 2017.
Guterres demonstrou, numa cerimónia realizada na sede, que a concessão do título surge na sequência da importante contribuição que Malala para os trabalhos e metas das Nações Unidas, assim como sua corajosa defesa pelos direitos do povo, incluindo os das mulheres.
Coberta com um lenço cor-de-rosa claro, Malala apresentou o seu orgulho em ter sido designada como Mensageira da Paz, apelando, na ocasião, à educação equivalente para as jovens.
“A educação é um direito básico de todas as crianças – especialmente das meninas, e este direito não pode ser negligenciado”, disse a jovem paquistanesa durante o seu discurso.
Nascida a 12 de julho de 1997, em Vale Swat do Paquistão, Malala tornou-se num símbolo internacional da luta pela educação feminina após de ter sido baleada por demonstrar a sua oposição contra a restrição da educação às mulheres talibãs, a 9 de outubro de 2012.
A menina sobreviveu ao ataque e transformou-se então numa defensora da causa, lutando para que milhões de meninas em todo o mundo possam disfrutar da educação formal.
Em 2013, Malala e o pai, Ziauddin Yousafzai, estabeleceram juntamente o Fundo Malala, a fim de consciencializar as pessoas quanto ao impacto social e económico da educação das raparigas, além de encorajar as meninas a lutarem pela mudança.