Cerca de 50 famílias de vítimas desaparecidas do Massacre de Nanjing, de 1937, visitaram na terça-feira um salão memorial na capital da Província de Jiangsu, no leste da China, para homenageá-las.
O Dia de Finados, que caiu este ano em 4 de abril, é um momento para que os chineses façam luto aos mortos e prestam culto a seus antepassados.
Onze sobreviventes da tragédia também participaram da cerimônia no Salão Memorial das Vítimas do Massacre de Nanjing pelos Invasores Japoneses.
As pessoas ficaram de pé e fizeram um minuto de silêncio pelos mortos.
Na China, só estão vivos 100 sobreviventes daquela matança atroz, segundo a associação oficial de sobreviventes do massacre.
Um deles é Ge Daorong, de 90 anos, que declarou que "minha família está morta há 80 anos e estou com saudades dela com muita dor há 80 anos. Estamos aqui não apenas para lembrar a nossa família perdida, mas também para fazer que as pessoas valorizem a paz".
Ma Tinglu e Ma Tingbao são irmãos e também sobreviventes. O pai e dois tios foram mortos a tiros pelos soldados japoneses, que queimaram os cadáveres para encobrir os crimes.
"Só podemos vir aqui para prestar culto a nossos antepassados", lamentou Ma Tingbao. "Contarei a história aos meus descendentes", acrescentou.
Durante o feriado do Dia de Finados, de três dias de duração, o salão memorial foi visitado por mais de 100 mil pessoas, que depositaram crisântemos para lembrar as vítimas do massacre.