Quando as pessoas se juntaram para limpar as tumbas no dia dos finados, alguns acharam difícil obter uma.
A cidade de Suzhou, na província chinesa de Jiangsu, proibiu a venda de tumbas às pessoas sem hukou local (permissão de residência permanente), a menos que haja "razões particulares".
"Aqueles que não são residentes permanentes de Suzhou devem obter aprovação das autoridades dos assuntos civis antes de poderem comprar uma tumba aqui", afirmou Zhang Jihong, vice-chefe do departamento dos assuntos civis de Suzhou.
Devido ao envelhecimento da sociedade e a urbanização, alguns cemitérios já são cheios. Muitas das tumbas não pertencem aos cidadãos de Suzhou. O departamento dos assuntos civis estima que mais de 6 milhões de pessoas vão à cidade de Suzhou limpar as tumbas dos seus familiares.
Muitos dos visitantes são de Shanghai, onde o preço de uma tumba é quase o dobro de uma em Suzhou. Além disso, não havia cemitérios públicos em Shanghai 30 anos atrás portanto, muitos escolheram comprar tumbas em Suzhou naquela época.
A política foi amplamente discutida na internet.
"Após as restrições de compra de habitações para os vivos, os funcionários estão virando seus olhos para os mortos", disse Youming no Sina Weibo.
"As pessoas podem especular não só sobre as casas mas também sobre tumbas", disse a internauta Xingzhiyin.
Zhang espera que o público possa entender bem a política. Suzhou tinha uma política semelhante em 2004, mas não foi bem implementada. Como há pouco espaço disponível nos cemitérios, a política foi reiterada.
"Mas não estamos mantendo todos os não locais fora", acrescentou Zhang. "Por exemplo, aqueles cujos cônjuges foram aterrados em Suzhou ainda podem usar o mesmo túmulo após morrer".
As autoridades dos assuntos civis também estão considerando as demandas dos jovens que obtiveram o hukou de Suzhou e precisam de tumbas para seus pais que não são de Suzhou.