Falência da Westinghouse não tem impacto material nos projetos nucleares sino-americanos

Fonte: Xinhua    31.03.2017 13h02

Beijing, 31 mar (Xinhua) -- A falência do desenvolvedor nuclear dos Estados Unidos Westinghouse Eletric Company não terá "impacto material" nos projetos nucleares sino-americanos na China, informou na quinta-feira uma empresa de energia chinesa.

"Os dois lados vão continuar a dar prioridade aos projetos, aumentar os recursos e garantir que entrem em operação dentro do ano", afirmou a Companhia Estatal de Investimento de Energia da China (SPIC, na sigla em inglês) em um comunicado.

Afetada por grandes perdas, a Westinghouse declarou falência na quarta-feira e afirmou que assegurou US$ 800 milhões no financiamento para ajudar a manter suas principais operações durante sua reorganização.

A Westinghouse e a Companhia Estatal de Tecnologia de Energia Nuclear, que foi incorporada à SPIC em 2015, têm planos de construir conjuntamente quatro reatores nucleares no leste da China usando a AP1000, uma tecnologia nuclear de terceira geração desenvolvida pela Westinghouse.

Os projetos são a maior cooperação de energia entre a China e os EUA. O trabalho nos quatro reatores, em Sanmen na Província de Zhejiang e Haiyang na Província de Shandong, iniciou em 2009.

A SPIC disse que o pessoal de gestão e tecnologia dos projetos são "estáveis e em boa condição", e que todo o trabalho está procedendo como planejado de maneira organizada.

"As transferências de tecnologia em conformidade com os projetos foram basicamente terminadas e quase todos os equipamentos fornecidos pela Westinghouse estão no local", disse um funcionário da SPIC na quinta-feira.

A China desenvolveu sua própria versão atualizada da tecnologia nuclear de terceira geração conhecida como CAP1400.

Como a China está agora capaz de conceber, desenvolver e fabricar a tecnologia nuclear de terceira geração independentemente, seus projetos nucleares "não serão afetados substancialmente, quer a Westinghouse possa continuar cumprindo os contratos ou não", disse o funcionário.

A China tinha 35 reatores nucleares em operação comercial até o final de 2016, segundo a Associação de Energia Nuclear da China.

A capacidade de energia nuclear instalada total do país subiu 23,8% anualmente para 33,64 milhões de quilowatts no final de 2016, e a China planeja aumentar o número para 58 milhões de quilowatts até 2020, mostram dados oficiais.  

(Web editor: Chen Ying, editor)

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