Ex-presidente coreana em tribunal para julgamento sobre mandato de captura

Fonte: Diário do Povo Online    30.03.2017 15h32

A presidente afastada sul-coreana Park Geun-hye chega ao gabinete de procuradoria em Seul, na Coreia do Sul, a 21 de março de 2017.

A ex-presidente sul-coreana, Park Geun-hye apresentou-se na quinta-feira no tribunal para comparecer à decisão de emitir ou não um mandato de captura, no âmbito do escândalo de corrupção que levou ao seu impeachment.

Vários apoiantes, maioritariamente seniores, abanavam bandeiras em frente à casa de Park, demonstrando a sua oposição à sua detenção. Alguns legisladores da época de sua presidência, bem como ex-secretários presidenciais acompanharam-na.

Park não fez declarações à imprensa, atravessando um mar de jornalistas que esperavam pela decisão a ser tomada.

Os ex-presidentes militares Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo haviam sido presos por traição e corrupção, mas as suas detenções foram decididas diretamente por procuradores. Em 1997, os juízes decretavam a emissão de mandatos de captura.

Se desta feita o mandato for aprovado, Park passará a ser a terceira presidente a ser detida. A decisão deverá ser anunciada no final de quinta-feira ou início de sexta-feira.

Park esteve na televisão apenas 9 dias antes de ser sabatinada no Gabinete Central de Procuradoria de Seul, próximo do tribunal da capital do país.

Durante a sabatina, Park recusou a maioria das acusações, incluindo suborno, abuso de autoridade, extorsão e divulgação de documentos confidenciais. Um total de 13 acusações foram efetuadas por procuradores.

Park é acusada de colaborar com a sua amiga pessoal de longa data, Choi Soon-sil, que se encontra detida, por receber dezenas de milhões de dólares em subornos do vice-presidente da Samsung, Lee Jae-yong, que também está preso.

Os subornos eram alegadamente oferecidos em troca de assistência para a transferência da gestão da Samsung do presidente Lee Kun-hee para o vice-presidente, o seu filho.

Choi é acusada de extorsão de dezenas de milhões de dólares obtidos de conglomerados para estabelecer duas fundações sem fins lucrativos, que usara para ganhos pessoais. Os procuradores já apelidaram Park e Choi de cúmplices criminais.

Choi, no centro do turbilhão, é também suspeita de receber recorrentemente documentos secretos do governo por parte de uma das ex-secretárias de Park para gerir assuntos de Estado na penumbra.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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