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Tesouro lendário afundado há cerca 300 anos descoberto no sudoeste da China (9)

Fonte: Diário do Povo Online    21.03.2017 09h14
Tesouro lendário afundado há cerca 300 anos descoberto no sudoeste da China
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CHENGDU,21 de mar (Diário do Povo Online) - Uma lenda centenária de que um vasto espólio, pertencente ao líder de uma revolução de camponeses, se encontrava no fundo de um rio, provou ser verdadeira.

Após mais de 10,000 objetos de ouro e prata terem sido recuperados do rio Minjiang, na província de Sichuan, os arqueólogos confirmaram na segunda-feira a lenda de Zhang Xianzhong e o seu tesouro afundado, datado da dinastia Ming (1368-1644).

Reza a lenda que em 1646, o líder camponês Zhang Xianzhong foi derrotado por soldados da dinastia Ming quando tentava levar o seu tesouro para sul. Cerca de 1,000 barcos repletos de dinheiro e objetos valiosos teriam sido afundados durante o combate.

Ao longo de séculos a história manteve-se como um rumor, sem qualquer prova concreta.

 “Os objetos descobertos são a evidência mais direta e óbvia que comprovam o local onde a batalha teve lugar”, disse Wang Wei, um arqueólogo chinês.

 “Os objetos incluem grandes quantidades de ouro, prata e moedas de bronze, joias, e armas de ferro como espadas, facas e lanças”, disse Gao Dalun, diretor do Instituto Provincial de Pesquisa de Relíquias Culturais e Arqueologia de Sichuan.

Os arqueólogos referem que vários carateres cravados nos utensílios de ouro e prata eram ainda claros, e que os padrões relevados nas joias demonstram uma técnica refinada.

O local está situado na interseção dos rios Minjiang e Jinjiang, 50km a sul de Chengdu, capital de Sichuan.

Vários objetos de valor foram encontrados no local, em 2005, quando os trabalhadores de construção descobriram 7 lingotes de prata na margem do rio.

 “Os objetos são extremamente valiosos para a ciência, história e arte. Têm grande significado para a investigação no que concerne à política, economia, sociedade e tecnologia militar da dinastia Ming”, disse Li Boqian, um arqueólogo da Universidade de Pequim.

Os arqueólogos referem que as escavações irão durar até abril e que esperam desenterrar mais objetos entretanto.

O governo local refere estar a considerar construir um museu perto do local para preservar e proteger os achados históricos.


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