Beijing, 20 mar (Xinhua) -- A China está a caminho de um desenvolvimento mais sustentável e equilibrado apesar do crescimento desacelerado, afirmou o presidente mundial da montadora sueca Volvo.
"Sou otimista com a economia chinesa, especialmente em uma perspectiva de longo prazo. Talvez haja algumas consequências econômicas porque a taxa de crescimento diminui no curto prazo, mas a longo prazo podemos deixar a sociedade muito mais resiliente, sustentável e inclusiva", declarou Martin Lundstedt à Xinhua em paralelo ao Fórum de Desenvolvimento da China 2017.
Lundstedt, pela segunda vez no fórum anual, manteve-se otimista em 2016 apesar do panorama pessimista difundido sobre o crescimento chinês naquele ano.
"A China está experimentando uma transformação, que é necessária porque não pode continuar no jeito antigo. No entanto, se você pensar na história e herança dela a longo prazo, as pessoas não se lembrarão do ano de 2016, mas das ações corajosas ela fez para construir a sociedade para o futuro."
Lundstedt disse que os modelos e as soluções de negócios emergentes que podem sobreviver a longo prazo devem ser não só economicamente benéficos mas ecológicos, socialmente inclusivos e de longo prazo.
É por isso que a Volvo vem promovendo um transporte sustentável, o que significa o transporte desenvolvido com considerações econômicas com outros fatores importantes, como proteção ambiental e desenvolvimento social, na opinião do executivo.
"Os fabricantes de infraestrutura de transporte, enquanto trabalham para se desenvolver por métodos como a digitalização, também têm de se colocar no contexto de um ciclo de vida e fazer transformações em toda a cadeia de valor para fazer com que as empresas baseadas em produtos desenvolvam soluções sustentáveis, que influenciarão a competitividade delas no longo prazo."
Ele afirmou que a China está no caminho certo com muitas inovações de transporte, não só em termos técnicos mas também sistematicamente, como a Iniciativa do Cinturão e Rota, que ela própria propôs para os continentes se conectarem e ter um futuro melhor compartilhado.
O desenvolvimento de infraestrutura regional cria resultados mutuamente benéficos para todos os países participantes, e melhorar a rede de transporte trará benefícios pelo melhor acesso ao mercado, menor custo de negócios e produção e uso de energia mais efetivos, de acordo com um livro branco publicado pela Volvo no ano passado.
A montadora está há 25 anos na China, seu segundo maior "mercado interno" após a Suécia. O grupo participa de projetos ao longo do Cinturão e Rota, como o Corredor Econômico China-Paquistão.
"A Iniciativa do Cinturão e Rota é muito importante para todos os países relacionados, não somente no sentido das oportunidades de curto prazo na participação de projeto, mas o interesse real para todos é a plataforma e as conexões futuras entre os países ao longo da iniciativa."