Oficiais da Administração de Alimentos e Drogas da China (CFDA, na sigla inglesa) verificam alimentos importados em supermercados, na quinta-feira.

BEIJING,17 de mar (Diário do Povo Online) - O Ministério das Relações Exteriores da China apelou ao governo japonês que tome medidas mais eficazes quanto à resolução de questões relacionadas com as consequências ambientais do desastre nuclear de Fukushima, divulgando informações a fim de garantir a segurança ambiental marinha e a segurança dos cidadãos de outros países, revelou Hua Chunying, porta-voz do ministério.

Estas declarações surgem na sequência de uma reportagem da estação de televisão estatal da China, onde foi revelado que os produtos alimentares das áreas afetadas pelo desastre nuclear no Japão têm sido vendidos na China.

O principal regulador de alimentos da China prometeu, na quinta-feira, punir as irregularidades que envolvem a segurança alimentar expostas no programa da CCTV no Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, 15 de março.

"Nós exigimos que as autoridades locais de fiscalização de alimentos e drogas investiguem as anomalias e transfiram os suspeitos criminosos para as autoridades de segurança pública", afirmou a CFDA.

Alimentos de áreas afetadas pelo desastre nuclear de Fukushima em 2011 têm sido vendidos na China através de plataformas de comércio eletrônico e em algumas lojas tradicionais, incluindo produtos lácteos, cereais, arroz e vinho, informou a CCTV.

Embora alguns dos produtos, rotulados em japonês, especifiquem locais de fabricação como Tóquio e Tochigi, estes foram cobertos por rótulos chineses nos quais a localização de fabricação é apenas referida como Japão, segundo o relatório.

A China proibiu a importação de alimentos e ração animal de Tóquio e 11 prefeituras, incluindo Fukushima, Niigata-ken e Tochigi, desde abril de 2011, salvaguardando-se dos riscos de contaminação, segundo a Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena.

Grandes supermercados e plataformas de comércio eletrônico em Beijing começaram a inspecionar produtos alimentícios importados após o relatório apresentado pela CCTV e não foram ainda encontrados produtos de nenhuma das 12 áreas, disse Ji Ye, um funcionário da CFDA.

A administração tem também realizado inspeções em empresas de alimentos em Beijing, incluindo a MUJI e 7-Eleven, prometendo recolher qualquer produto que seja importado das áreas afetadas, revelou.