Beijing, 12 mar (Xinhua) -- A China pediu de novo na sexta-feira que a República da Coreia pare com a implantação do escudo antimísseis norte-americano.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, reiterou a reclamação em uma coletiva de imprensa ao ser perguntado sobre o caso de destituição da presidente sul-coreana Park Geun-hye, dizendo que "não comentaremos o caso pois a questão "diz respeito aos assuntos internos" daquele país.
"Como país vizinho, esperamos que a República da Coreia possa manter a estabilidade política", acrescentou.
Geng indicou que a China elogiou os esforços de Park para melhorar as relações entre os dois países quando estava no cargo.
"No entanto, a China expressou sua oposição definitiva à decisão de instalar o sistema de Defesa Terminal de Alta Altitude (THAAD, em inglês)", destacou.
"Como vizinhos que não podem se afastar, a China e a República da Coreia obtiveram notáveis benefícios para seus dois povos através do desenvolvimento dos laços bilaterais nos últimos 25 anos", indicou o porta-voz, acrescentando que "a China sempre se mostrou aberta e positiva à cooperação e aos intercâmbios com a República da Coreia, e essa posição nunca mudou". "Mas a essência das dificuldades que atravessam os laços bilaterais é o desdobramento do THAAD".
"Esperamos que o governo sul-coreano possa responder às preocupações da China com honestidade, escute as vozes do povo, examine a situação geral da cooperação bilateral e a paz e a estabilidade regionais, e suspenda a implantação para eliminar os obstáculos nos laços bilaterais e levá-los para um caminho normal", disse.
A China manifestou repetidamente que a implantação do THAAD por parte da República da Coreia e Estados Unidos prejudica gravemente o equilíbrio estratégico regional e os interesses de segurança dos países da região, incluindo a China, e vai contra a paz e a estabilidade na Península Coreana.
O THAAD está projetado para interceptar mísseis a uma altitude entre 40 e 150 quilômetros. Seu radar de banda X pode penetrar nos territórios da China e Rússia.