Governador do banco central apela à contenção relativamente à quantidade de reservas cambiais da China

Fonte: Diário do Povo Online    12.03.2017 10h41

Por Ji Peijuan, Diário do Povo

A China mantém atualmente ainda as maiores reservas cambiais acumuladas no mundo, com grande avanço para o segundo posto, declarou Zhou Xiaochuan, governador do Banco Popular da China na sexta-feira, tendo enfatizado que não há ainda necessidade por parte da China de reagir de forma exagerada a esta situação na altura de conceber políticas.

Zhou proferiu tais comentários durante uma coletiva de imprensa à margem da sessão legislativa a decorrer atualmente.

Os últimos dados emitidos pela Administração Estatal Cambial da China na terça-feira revelam que as divisas estrangeiras do país totalizavam os 3,0051 trilhões de dólares americanos no final de fevereiro – 6,9 bilhões de dólares a mais que o mês anterior. A pequena subida vem também colocar um final na queda ocorrida ao longo de 7 meses.

 “A China não quer tantas divisas estrangeiras”, disse o governador, acrescentando que tais reservas incluem dinheiro desnecessário.

Zhou explicou que as reservas da China registraram um incremento repentino desde 2002, tendo sido causadas algumas fricções internacionais devido à tendência de então.

Após o despoletar da crise financeira, o fluxo de capital proveniente dos países desenvolvidos para os mercados emergentes ocorreu de forma significativa, disse.

O Fundo Monetário Internacional estimou a liquidez criada pelos países desenvolvidos em 4,2 trilhões de dólares, referiu o governador, acrescentando que, pelo menos um terço do dinheiro rumou à China.

Com a recuperação económica de alguns países desenvolvidos, estes fluxos de capital com menos estabilidade retornarão a eles, fez notar.

 “A tendência de queda nas reservas cambiais chinesas é um fenómeno normal”, concluiu.

Yi Gang, vice-governador do Banco Popular da China, disse que o RMB está agora nas divisas mundiais de primeiro escalão, após ter sido incluído na cesta de direitos especiais de saque do FMI no ano passado.

 “Perante tal pano de fundo, podemos considerar métodos de otimizar o nível desses movimentos”, acrescentou.

 “Há vários anos, cerca de 70 a 80 por cento das reservas eram detidas por órgãos governamentais, sendo que no final do ano passado, cerca de 50% delas eram mantidas por órgãos governamentais e outros 50% por entidades de mercado”, disse Pan.

 “O crescimento de velocidade média-alta mantido pela economia chinesa providencia uma base estável para o futuro do mercado de transações”, destacou.

Tommy Xie, um economista da Oversea-Chinese Banking Corp., disse estar otimista relativamente à estabilidade global da taxa de conversão do RMB.

Xie disse em uma entrevista ao Diário do Povo que, se se confirmar que a taxa de juros do Fed dispara em março, a pressão de depreciação do RMB a curto prazo irá ser maior.

O analista destacou simultaneamente que a confiança trazida por uma economia robusta e um crescimento inesperado nas reservas forex irá aliviar significativamente a pressão de fuga de capital. A pressão de desvalorização irá então ficar controlada.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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