NAÇÕES UNIDAS, 10 de mar (Diário do Povo) – O Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, esboçou uma nova abordagem centrada nas vítimas, visando prevenir e responder a abusos cometidos por aqueles que servem sob a bandeira da ONU.

"Certamente, ninguém que sirva as Nações Unidas nas suas capacidades deve estar associado a tão vil e vicioso crime ", disse Guterres enquanto anunciava o relatório, divulgado na quinta-feira, sobre "Medidas Especiais de Proteção contra a Exploração e Abuso Sexual: Uma Nova Abordagem".

"Vamos declarar em uníssono que não toleraremos ninguém que cometa ou tolere a exploração e o abuso sexual. Não deixaremos que ninguém cubra esses crimes com a bandeira da ONU", acrescentou.

Referindo que a exploração está profundamente ligada à desigualdade e discriminação, Guterres afirmou que a promoção da igualdade de género em todo o sistema das Nações Unidas, incluindo nas missões e forças de manutenção da paz, ajudaria a promover a paridade e, ao mesmo tempo, diminuir os incidentes de abuso.

"Vamos fazê-lo em nome de todos os que procuram a ONU para proteção e apoio, e em nome das dezenas de milhares de funcionários da ONU em todo o mundo, que assistem com coragem e compromisso, com os ideais mais elevados", sublinhou.

O relatório enfatiza também a necessidade de envolver os Estados membros da ONU e apelar a uma reunião de alto nível sobre a exploração e abusos sexuais em 2017, à margem do debate geral da 72ª sessão da Assembleia Geral.