China pede que EUA lidem adequadamente com relações comerciais após acordo da ZTE

Fonte: Xinhua    10.03.2017 13h31

Beijing, 10 mar (Xinhua) -- A China pediu na quinta-feira que os Estados Unidos ajam adequadamente para o desenvolvimento saudável das relações comerciais bilaterais.

Sun Jiwen, porta-voz do Ministério do Comércio, fez a afirmação em uma coletiva de imprensa em resposta ao fato de a ZTE ter alcançado um acordo com as autoridades dos EUA sobre os casos de violações de controles de exportação e sanções do país norte-americano.

"A China sempre se opôs resolutamente às sanções dos EUA sobre as empresas chinesas usando suas leis domésticas e exige que as companhias chinesas operem em conformidade com as leis e regulamentos locais no mercado exterior", afirmou Sun.

A maior fabricante listada de equipamentos de telecomunicação da China anunciou na noite de terça-feira um acordo com as autoridades dos EUA sobre as violações de controles de exportação e sanções do país "para remover os fatores instáveis no mercado de comunicações global".

A gigante chinesa pagará uma sanção penal e civil de cerca de US$ 892 milhões e uma adicional de US$ 300 milhões, que será suspensa por um período probatório de sete anos para evitar violações futuras.

As autoridades norte-americanas acusaram a ZTE e entidades afiliadas de exportar ilegalmente equipamentos de telecomunicação para certos países em violação aos regulamentos dos EUA.

Em março de 2016, o Departamento de Comércio dos EUA incluiu a ZTE na Lista de Entidades sob os Regulamentos de Administração de Exportação, o que tornou difícil para ela adquirir produtos norte-americanos como chips e softwares.

Seguindo o acordo, o Escritório da Indústria e Segurança sob o Departamento de Comércio dos EUA vai recomendar que a ZTE seja retirada da lista, segundo um comunicado da fabricante na terça-feira.

A ZTE atualmente detém cerca de 7% do mercado de smartphone dos EUA, a quarta maior fatia após Apple, Samsung e LG. Tem 14 escritórios e seis centros de pesquisa naquele país, com 80% dos 350 funcionários sendo norte-americanos.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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