Beijing, 10 mar (Xinhua) -- Os Estados Unidos continuaram passando por cima dos direitos humanos no estrangeiro, causando mortes de civis, de acordo com um relatório sobre os direitos humanos naquele país divulgado pela China na quinta-feira.
O "Histórico dos Direitos Humanos dos Estados Unidos em 2016", publicado pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado, afirmou que o país repetidamente formou coalizões para lançar ataques aéreos contra forças militares no Iraque e na Síria.
Entre 8 de agosto de 2014 e 19 de dezembro de 2016, os EUA lançaram 7.258 ataques aéreos no Iraque e 5.828 na Síria, causando um número estimado de mortos civis entre 4.568 e 6.127 em 733 casos, disse o relatório.
A questão de detenção ilegal e tortura dos prisioneiros de outros países permaneceu não resolvida. O governo dos EUA prometeu fechar a prisão de Guantánamo em 2009, mas até 4 de dezembro de 2016 ela ainda tinha 59 detentos.
Um relatório que deixou de ser secreto revelou que na prisão da CIA no Afeganistão, conhecida como Salt Pit, o militante Gul Rahman foi preso em uma cela "extremamente fria", teve água derramada em cima dele e morreu de hipotermia.
No documento intitulado "Descrição de Pressões Físicas", a CIA torturou os detidos com tapas na cara, fraldas, insetos e "falso enterro". Em novembro de 2016, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional disse em um relatório que as forças armadas dos EUA e a CIA podem ter cometido crimes de guerra ao torturar os detidos no Afeganistão.
De acordo com o relatório, os EUA continuaram os projetos de monitoramento no exterior em larga escala. As agências de inteligência daquele país puseram sob monitoramento de longo prazo chefes e líderes de outros países, instituições diplomáticas e cidadãos comuns.
Em 2016, a CIA investiu em empresas para monitorar o Twitter, Facebook, Instagram e outras redes sociais. O programa de vigilância da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) mirou não só a comunicação doméstica mas também o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e pelo menos 38 países, disse o relatório.