Por Xing Xue, Diário do Povo

A China definiu uma nova meta em termos de empregos urbanos, esperando aumentar para 11 milhões o número de vagas disponíveis em 2017, um milhão a mais que nos últimos três anos, planejando que a taxa de desemprego se mantenha abaixo de 4,5%, informou o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, no relatório sobre os trabalhos do governo.

Segundo o Li, o incremento de um milhão de empregos urbanos mostra a grande importância que o governo atribui às questões da empregabilidade do país.

Considerando as bases econômicas e a capacidade de absorção, esta meta será atingível através de esforços conjuntos.

De acordo com as análises, mesmo com o desaceleramento do crescimento da economia, o aumento da meta de emprego, pela China, será repleto de desafios, na sequência de uma taxa média a alta de crescimento económico.

“A China criou 13.14 milhões de novos empregos urbanos no ano passado, superando o número de 13 milhões por quatro anos consecutivos. Assim sendo, é possível atingir a meta deste ano”, analisou o professor Zheng Gongcheng da Universidade Renmin da China.

Segundo Zheng, o crescimento de média a alta velocidade da economia chinesa e o PIB nacional ter um desempenho considerável, são fatores importantes que favorecem a estabilidade básica da empregabilidade.

Por outro lado, o emprego está cada vez mais dependente de ajustamentos das estruturas industriais, enquanto a dependência do PIB diminuiu.

“O setor dos serviços tem grande capacidade de absorção de empregos.O valor acrescentado desta área é responsável por 51.6% do total do PIB, e acrescentará ainda mais no futuro”, frisou Zheng, mostrando confiança em manter a estabilidade da empregabilidade com a melhoria contínua das políticas positivas, e a redução dos impostos para as pequenas e médias empresas.

“Em termos de empregos, devemos concentrar-nos na busca de quantidade e qualidade” reforçou, acrescentando que os formatos emergentes provocam a ampliação do espaço de trabalho.

Diferente dos sectores tradicionais, os novos formatos de trabalho contam com problemas de forte liquidez, segurança social e proteção irregularizada dos trabalhadores, entre outros.

Os formatos emergentes e a nova economia, o melhoramento da gestão e a adaptação das normas de emprego, segurança social e os demais aspectos, bem como o desenvolvimento do sistema do serviço de empregos de novos formatos, são aspetos que exigem urgente atenção.