Shanghai, 8 mar (Xinhua) -- Shanghai abriu creches piloto em vários lugares de trabalho para estimular mais famílias a ter o segundo filho, informaram nesta terça-feira as autoridades locais.

Cerca de 80% das mulheres em idade da concepção na cidade não querem um segundo filho, de acordo com uma pesquisa em 2016 realizada pela Federação dos Sindicatos de Shanghai e a Academia de Ciências Sociais de Shanghai.

Na pesquisa, todas as mulheres entrevistadas possuem permissão de residência permanente de Shanghai, e o maior motivo de não querer o segundo filho foi que ninguém podia ajudá-las a cuidar dele.

Shanghai tem 3,3 milhões de mulheres que trabalham e muitas pedem apoio governamental para cuidar do filho.

A Federação dos Sindicatos de Shanghai já abriu 12 creches piloto em lugares de trabalho antes do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, a fim de ajudar as mães que trabalham a cuidar das crianças. Essas creches se localizam em empresas, parques industriais, instituições públicas e departamentos governamentais que atendem a certas exigências e possuem forte demanda para esse benefício.

A cidade expandirá gradualmente a rede. Até o final de 2017, serão 50 unidades, de acordo com a Federação dos Sindicatos de Shanghai.

Além disso, a federação instalou 1.765 "cabanas de mãe" desde 2013 para oferecer serviços para as grávidas, mães em pós-natal e que amamentam.

Hong Hao, presidente da federação, disse que Shanghai construirá mais 800 instalações do tipo nos próximos dois anos. Até 2019, serão 2.500.

Adotada no fim da década de 1970, a política do Filho Único acabou em 1º de janeiro de 2016, quando o governo permitiu que todos os casais tivessem dois filhos.

Em 2016, foram registrados 18,67 milhões de recém-nascidos na China, 11% a mais ante 2015, entre os quais cerca de 45% não eram o primeiro filho, de acordo com a Comissão Nacional da Saúde e do Planejamento Familiar da China.