China em 2017: Fonte de estabilidade e motor do crescimento mundial

Fonte: Xinhua    04.03.2017 15h13

Beijing, 4 mar (Xinhua) -- Em um mundo envolto em imprevisibilidades, a China tem se mantido firme no seu compromisso de estabilidade e progresso, e continua solidificando seu papel com um motor chave para o crescimento global em todos os anos.

Nos primeiros dois anos de 2017, a economia chinesa contou com uma base mais estável que no ano anterior, com a atividade de manufatura crescendo, a inflação acelerando e o comércio exterior recuperando.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, em inglês) do setor manufatureiro foi de 51,3 em janeiro, acima da leitura de 50 que significa a expansão, o que demonstra uma economia em estabilização.

Na hora da crescente tendência de protecionismo e mudanças institucionais, como o Brexit, a ameaça e os desafios às estruturas existentes, a atenção agora é concentrada em como a segunda maior economia do mundo navegará nas situações confusas.

A China estabeleceu o tom básico do trabalho econômico deste ano como "buscar o progresso enquanto mantém a estabilidade", esperando poder conseguir espaço para explorar novos motores de crescimento e contribuir para a recuperação global.

As próximas sessões anuais do mais alto órgão legislativo e consultivo político do país em março, os principais eventos políticos com a importância apenas menor que o congresso do Partido Comunista da China, darão mais detalhes da posição política do país para 2017.

Durante anos, a China tem "buscado o progresso e mantido a estabilidade" como seu principal princípio de orientação, e tem alcançado êxitos: o crescimento está expandindo estavelmente, o mercado de emprego permanece resiliente, a receita se mantém crescendo, e as principais reformas estão injetando novo vigor na economia.

Para o ano de 2017, o significado da estabilidade será muito enfatizado.

Dentro do país, os decisores de política devem equilibrar múltiplos objetivos econômicos, como manter o crescimento dentro de um alcance adequado, e conter as bolhas de ativos e controlar os níveis de dívidas, e esses objetivos não serão alcançados sem um ambiente estável.

Ao mesmo tempo, o ano de 2017 terá a abertura do 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh), quando um novo comitê central será eleito, dando destaque à estabilidade.

Fora do país, com a economia global enfrentando dificuldades e incertezas, o desempenho da China como fonte de estabilidade dará pelo menos alguma esperança.

O Fundo Monetário Internacional previu um crescimento global de apenas 3,1% para 2016. A China, com um crescimento anual de 6,7%, poderia representar mais de um terço do crescimento.

"Se a China não tivesse mantido a estabilidade, haveria pouca esperança para a recuperação econômica global", indicou Zhang Yunling, especialista de estudos internacionais e também membro do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês.

Apesar do compromisso da China com a estabilidade, ela não defende a estabilidade pela estabilidade. Em vez disso, os decisores de política estão escolhendo atentamente quando vai ser melhor para agir.

Desde que a China propôs a reforma estrutural do lado de oferta no final de 2015, progresso estável tem sido atingido em cinco áreas importantes: diminuir a capacidade industrial, reduzir o estoque de moradias, baixar a alavancagem, cortar os custos corporativos e melhorar os elos econômicos fracos.

Esses esforços devem ser enfatidos nas duas sessões para facilitar a reestruturação econômica da China, passando o otimismo para os investidores e economistas globais sobre os prospectos futuros, o que será também uma vantagem ao mundo.

Além da reforma no desenvolvimento para lidar com seus próprios desequilíbrios estruturais, a China está comprometida com a abertura mais abrangente e a maior dedicação com o mundo para vencer o tempo de teste juntamente.

Apesar da desaceleração do crescimento, o banco de investimento dos Estados Unidos, Morgan Stanley, estimou neste mês que o mercado de consumidores privados da China expandirá para US$ 9,6 trilhões até 2030 e representará 47% do PIB.

Como um poder de consumo mais forte significa um enorme potencial do mercado para mercadorias e comerciantes de serviço no mundo, uma economia chinesa mais aberta e avançada pode levar investimentos e empregos ao exterior.

Apenas nos Estados Unidos, os laços robustos de comércio bilateral com a China sustentaram cerca de 2,6 milhões de empregos, de acordo com um relatório do Conselho de Negócios EUA-China em janeiro.

Apesar de crescentes dúvidas sobre os benefícios da globalização, a China permanece um defensor firme do livre comércio e acredita que os problemas como as perdas de emprego nunca serão resolvidos ao contrário da tendência histórica.

Em um artigo publicado na revista Bloomberg Businessweek no mês passado, o premiê Li Keqiang esclareceu a prescrição da China para as doenças econômicas globais. "Em um mundo com a pletora de incertezas, a China oferece uma fonte de estabilidade e crescimento com sua mensagem consistente de apoio para a reforma, abertura e livre comércio".

(Web editor: Juliano Ma, editor)

Wechat

Conta oficial de Wechat da versão em português do Diário do Povo Online

Mais lidos