Plataformas de compartilhamento de bicicletas seguem quebrando recordes de popularidade

Fonte: Diário do Povo Online    03.03.2017 11h17

Por Qiang Wei, Diário do Povo

Se estiver na China e ainda não souber do que se trata o “compartilhamento de bicicletas”, receio que esteja já desatualizado(a).

Encabeçado por empresas como a Mobike e a OFO, o novo conceito de compartilha de bicicletas tornou-se explosivamente popular no ano passado. Busca de bicicleta, desbloqueio e pagamento — tudo à distância de um clique no celular. A bicicleta pode ser estacionada em qualquer lugar, a qualquer momento — prático, rápido, barato.

Os dados mais recentes assim o comprovam. Até ao final do ano passado, existiam já 20 empresas do setor a operar no mercado. O número de bicicletas era já na ordem dos milhões, tal como o número de utilizadores, que rondava já os 19 milhões.

A 1 e março do corrente, a OFO anunciava uma quarta rodada de financiamento, de 450 milhões de dólares — o valor mais alto investido no setor. Simultaneamente, a empresa assumiu-se como a empresa mais bem sucedida do compartilhamento de bicicletas, ao ser avaliada em mais de um bilhão de dólares em tempo recorde.

Na maior parte das cidades chinesas, as deslocações feitas num espaço de 1km têm uma grande procura. Anteriormente, várias cidades chinesas haviam desenvolvido um sistema de bicicletas de uso público.

Porém, devido às limitações do seu número, bem como complicações derivadas do sistema de uso, este projeto se revelou pouco prático.

O novo sistema veio precisamente oferecer soluções às impraticabilidades supramencionadas. Deixa, assim, de haver necessidade de parques de estacionamento, dado que as bicicletas podem ser deixadas quase em qualquer lugar. Basta recorrer a um aplicativo de celular para procurar a bicicleta mais próxima, através do GPS, fazer a leitura do código QR na bicicleta, e... voilá!

Após a chegada ao destino, basta fechar o cadeado e proceder ao pagamento. A plataforma irá gravar a nova localização da bicicleta para outros utilizadores a poderem encontrar. Esta tendência não só se enquadra na estratégia de desenvolvimento verde da China, como oferece uma alternativa inovadora, do agrado do público geral.

De acordo com a PricewaterhouseCoopers, a parcela global da “economia partilhada” deverá atingir os 335 bilhões de dólares, o que indica um crescimento de 20 vezes face aos valores apurados em 2016.

A economia partilhada na China encontra-se em rápida expansão, sendo que existem já variantes em áreas distintas como turismo, partilha de espaços e aparelhos tecnológicos, finanças, e-hailing, alugel de carros privados, aluguel temporário de imóveis, entre outros.

 

 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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