Beijing, 23 fev (Xinhua) -- A China imporá controles mais severos de poluição do ar em Beijing e nas regiões vizinhas neste ano para combater smog intenso. As medidas incluem o fechamento de fábricas ilegais e redução da produção de aço, informou na quarta-feira o vice-ministro da Proteção Ambiental, Zhao Yingmin.

Em uma coletiva de imprensa, Zhao indicou que para reduzir a poluição durante os meses de inverno, Beijing, Tianjin e 26 cidades nas províncias de Hebei, Shanxi, Shandong e Henan, todas localizadas ao redor da capital chinesa, devem atingir seus objetivos anuais de redução do excesso de capacidade de aço antes do programado.

Essas cidades devem fechar todas as fábricas poluentes ilegais antes de outubro e garantir uma queda no volume total do consumo de carvão neste ano, acrescentou Zhao.

Na temporada de inverno, quando são acionados os aquecedores entre novembro e março, as principais cidades produtoras de aço na Província de Hebei, vizinha de Beijing, devem limitar sua produção na metade de sua capacidade, indicou o vice-ministro.

Além disso, as empresas de cimento e fundição na região Beijing-Tianjin-Hebei continuarão parando a produção no inverno.

Os controles de produção desempenham um papel importante na compensação da poluição no inverno, pois o carvão que se queima para o aquecimento causa normalmente um aumento de cerca de 30% nas emissões poluentes, segundo o funcionário de alto escalão.

Além disso, ele também sugeriu o uso de combustíveis limpos para o aquecimento e pediu medidas mais fortes para conter as emissões procedentes de automóveis.

Em 2016, a densidade de PM2,5, partículas muito pequenas que causam o smog, na região Beijing-Tianjin-Hebei se reduziu em mais de 30% em comparação com 2013, assinalou Zhao.

No entanto, ele destacou que a região continuou registrando frequentes poluições intensas no inverno e continua enfrentando dificuldades para lidar com o problema.

A proporção de dias com boa qualidade do ar na região Beijing-Tianjin-Hebei foi de apenas 36,2% em janeiro, uma redução de 19,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com os dados do Ministério da Proteção Ambiental.

A densidade de PM2,5 em Beijing aumentou 70,6%, até atingir 116 microgramas por metro cúbico durante o primeiro mês do ano, segundo a mesma fonte.