Beijing, 21 fev (Xinhua) -- A China continuará reduzindo as restrições de acesso para facilitar a entrada de investimento estrangeiro no país, anunciou nesta terça-feira o ministro do Comércio, Gao Hucheng.
Gao fez a declaração em uma entrevista coletiva ao responder uma pergunta sobre as preocupações com a "saída do capital estrangeiro" do país.
O ministro descartou as preocupações classificando elas como preconceituosas, dizendo que a queda anual do investimento estrangeiro direto (IED) na parte continental da China no mês passado não reflete menor atração da China por investidores estrangeiros.
O fluxo do IED registrou 80,1 bilhões de yuans (US$ 12 bilhões) no último mês, um declínio anual de 9,2%, devido a uma alta base de comparação e fatores do feriado, mostraram os dados oficiais.
A China utilizou cerca de US$ 126 bilhões de investimentos estrangeiros em 2016, uma alta anual de 4,1%, enquanto o investimento estrangeiro direto global desacelerou, notou o ministro.
Segundo Gao, alguma saída ocorreu de fato, mas foi compensada pelo crescente investimento estrangeiro direto em setores como manufatura farmacêutica, equipamentos médicos e serviços de alta tecnologia, que registraram aumentos de 55,8%, 95% e 86,1%, respectivamente.
A entrada e saída do IED foram decididas pelo papel decisivo do mercado na distribuição dos recursos, assinalou ele.
Em 2017, a China elaborará políticas favoráveis para encorajar o IED no centro, oeste e nordeste do país, replicando os sucessos das zonas de livre comércio piloto do país.
Empresas com investimento estrangeiro vão ter um campo de jogo justo na competição com as concorrentes locais, acrescentou Gao.
A China permanecerá o destino mais competitivo e atraente para investimento estrangeiro, pois a economia em crescimento é acompanhada com um melhorado sistema econômico de mercado, disse o ministro.