A Polícia Federal do Brasil recorreu ao Supremo Tribunal Federal na segunda-feira para reportar que os ex-presidentes Lula da Silva e Dilma Rousseff têm obstruído o desenrolar da Operação Lava Jato.
A operação, que revelou a rede de corrupção gigante com afiliação à Petrobras, estaria investigando os ex-presidentes por crimes de tráfico de influência.
Marlon Cajado, autor do relatório, recomendou que ambos os ex-presidentes juntamente com o ex-ministro da educação, Aloizio Mercadante, fossem acusados.
Para Dilma, as acusações se relacionam com a designação de Lula em março de 2016 como Ministro da Casa Civil, uma posição que lhe garantia imunidade de todas as investigações, exceto do Supremo Tribunal Federal.
O relatório policial surge na mesma semana em que o STF deverá descartar a nomeação de Moreira Franco como Ministro-chefe da secretaria-geral da presidência, uma posição que confere a mesma proteção a investigações.
Porém, Franco foi já mencionado 43 vezes por pessoas já detidas no âmbito da Lava Jato como tendo sido beneficiado pela corrupção.
A equipa de defesa de Lula referiu que não existem bases legais para as acusações, que Cajado usou a mídia para ampliar o caso e que Lula teria sido uma vítima de perseguição política por parte de oficiais públicos.