Beijing, 28 dez (Xinhua) -- O projeto chinês de desvio de água do sul para o norte beneficiou mais de 11 milhões de moradores em Beijing, disseram na terça-feira as autoridades.

Terça-feira marca o segundo aniversário da rota central, que injetou 1,94 bilhão de metros cúbicos de água na capital chinesa em dois anos, segundo o departamento encarregado do projeto.

Mais de 1,3 bilhão de metros cúbicos de água foram a empresas de fornecimento de água do município, 280 milhões de metros cúbicos foram armazenados em reservatórios, e o resto foi usado como fornecimento de água subterrânea, rios e lagos nas áreas centrais da cidades, disse o diretor do departamento, Sun Guosheng.

Atualmente, o projeto oferece cerca de 3,4 milhões de metros cúbicos de água diariamente a Beijing.

"O desvio de água aliviou a pressão de fornecimento de água em Beijing", indicou Sun.

Antes, as fontes de água de Beijing, principalmente subterrâneas, eram suscetíveis à incrustação de cálcio e sais de magnésio.

A rota central do projeto transporta 9,5 bilhões de metros cúbicos de água todos os anos por canais e tubos do reservatório de Danjiangkou, na Província de Hubei, centro da China, para as províncias de Henan e Hebei assim como Beijing.

O projeto foi concebido por Mao Zedong em 1952. O Conselho de Estado aprovou o projeto em dezembro de 2002 depois de quase meio século de debate.

Uma das maiores cidades do mundo, Beijing tem forte demanda por água. Entre 1999 e 2011, a precipitação anual média da cidade era de apenas 480 milímetros, e seus recursos hídricos per capita eram de apenas 100 metros cúbicos, cerca de um vigésimo da média nacional e um octogésimo da média global.

A água desviada, que é oferecida às áreas centrais da cidade e partes dos arredores, elevou a quantia per capita para 150 metros cúbicos disse Hu Bo, da Autoridade da Água de Beijing.

O projeto também ajudou a frear o uso excessivo da água subterrânea. Antes da chegada da água do sul, o nível da água subterrânea do planície de Beijing caia cerca de um metro por ano, com mais de 6,4 mil quilômetros quadrados de água subterrânea sendo excessivamente explorados até o final de 2014.

Em novembro, o nível foi 0,4 metro mais alto que um ano atrás, segundo estatística oficiais.

Porém, Hu mencionou que Beijing permanece "seca" como seus atuais recursos hídricos per capita muito atrás do padrão mundial.

"A conservação da água ainda é uma tarefa importante", disse.