Yichang, 25 nov (Xinhua) -- Cientistas descobriram evidências de desova por esturjões chineses selvagens no rio Yangtze pela primeira vez em três anos, informou na quinta-feira o Instituto de Pesquisa de Esturjão Chinês.

O período de desova dos peixes raros é de outubro a novembro, e a última vez da atividade foi registrada em meados de novembro de 2012, disse Jiang Wei, do instituto.

Ao longo dos três anos entre 2013 e 2015, os pesquisadores não conseguiram monitorar qualquer desova no curso do rio Yangtze inferior à Represa de Gezhouba, na Província de Hubei, centro da China, que é a única zona de desova conhecida da espécie.

Nascidos no rio Yangtze, os esturjões migram para o mar como o salmão, onde amadurecem antes de retornar aos seus lugares de nascimento para desovar. Anteriormente, eles voltavam para o rio Jinsha, um importante afluente do rio Yangtze, mas com a construção da Represa de Gezhouba no principal curso do rio em 1981, a rota de migração foi cortada. Claramente que os esturjões encontraram um novo local de desova, no curso inferior da represa.

Por mais de 20 anos, os pesquisadores encontraram esturjões de desova no outono e inverno no curso inferior da represa, mas nenhum foi descoberto desde 2013. No entanto, eles encontraram sinais de esperança em abril de 2015 quando descobriram um grande cardume de esturjões juvenis no estuário do rio Yangtze.

O instituto reforçou o trabalho de monitoramento a partir de novembro, Finalmente, as atividades de desova foram vistas pelos equipamentos de monitoramento a cerca de 400 metros no curso inferior da Represa de Gezhouba na quinta-feira pela manhã.

Jiang afirmou que a descoberta aliviou as preocupações de que os peixes raros perderam a capacidade de reprodução. "A atividade de criação natural de esturjões chineses nunca parou", disse.