Cooperação comercial entre a China e o Chile em fase de aceleração

Fonte: Diário do Povo Online    17.11.2016 09h08

Vinho do Chile

Após a China e o Chile inaugurarem relações diplomáticas há 46 anos, o país latino-americano foi pioneiro em várias questões nas relações com o gigante asiático.

O Chile foi o primeiro país latino-americano a assinar um acordo de livre comércio com a China. Desde 2006 quando os dois países assinaram o documento, o comércio bilateral registou um desenvolvimento a um ritmo acelerado, tendo demonstrado os efeitos dele resultantes e o estreitamento das relações bilaterais.

Segundo o acordo em questão, ficou previsto que ambos os países deveriam reduzir para zero a taxa aduaneira de 97,2% dos produtos comercializados. No ano seguinte (2007), o volume do comércio bilateral aumentou em 66,34%, fazendo com que a China se tornasse no maior parceiro comercial do Chile. Situação que permanece inalterada até à atualidade.

“Em 2015, o valor comercial entre os dois países foi cinco vezes mais do que o registado há 10 anos atrás. O acordo de livre comércio confere enormes benefícios econômicos para ambos os países, ” afirmou Luis Schmidt, ex-embaixador do Chile na China, e presidente da Federação Industrial Nacional de Produtores de Fruta.

A mineração é a área de destaque na cooperação comercial entre a China e o Chile. O Chile é o atual maior fornecedor de cobre da China.

“O Chile e a China se complementam economicamente, não existindo competição em quase todos os aspetos. As indústrias chilenas esperam ansiosamente ampliar a cooperação e o intercâmbio com a China de modo a promover a melhoria da qualidade de vida dos dois povos”, afirmou Pedro Reus, presidente da Sociedade de Promoção Fabril do Chile.

Além da mineração, o Chile é um dos maiores produtores de fruta, vinho, carne bovina e carne de aves. A cooperação agrícola se tornou um novo catalisador do comércio bilateral.

Em 2015, a taxa aduaneira para o vinho chileno caia para zero, razão pela qual a exportação desse produto para a China registrou um aumento considerável. Atualmente, o Chile é o segundo maior fornecedor de vinho do país asiático.

“Com o rápido crescimento da economia chinesa, uma abundância de chineses de classe média procura obter alimentícios ecológicos e de qualidade, o que corresponde ao rumo da reforma econômica do Chile”, disse Luis Schmidt.

O investimento mútuo possui um grande potencial. Para Francisco Silva, presidente do Conselho Bilateral de Negócios Chile-China, a China tem vindo a realizar investimentos no Chile a um ritmo acelerado nos últimos anos, sobretudo na mineração, agricultura e finanças, o que pode beneficiar ambos os lados.

“De entre as empresas chinesas, a Huawei já se tornou no pilar do setor de telecomunicações no Chile”.

Reus sugeriu que as empresas dos dois países poderão intensificar a comunicação em termos de marketing, contratação de trabalhadores, e interação entre empresários e funcionários, com vista a ajudar as empresas chinesas a melhor se adaptarem ao ambiente de investimento no país latino-americano”. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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