Beijing, 13 out (Xinhua) -- A China expressou na quarta-feira forte insatisfação por o Prêmio Martin Ennals ser concedido ao professor separatista uigur Ilham Tohti.
O condenado à prisão perpétua por atividades separatistas em 2014 foi anunciado como o ganhador do prêmio na terça-feira em Genebra.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, ressaltou que as provas da atividade criminosa de Ilham são sólidas.
"Enquanto professor, ele apresentava suspeitos terroristas e extremistas como heróis e enganava e incitava certas pessoas à participação em atividades separatistas do Turquistão Oriental."
Ilham Tohti planejou e organizou uma série de atividades criminosas separatistas, acrescentou.
O porta-voz disse o julgamento de Ilham foi realizado com estreita observância à lei chinesa e que os assuntos internos e a soberania judicial da China não podem sofrer interferência.
Ao salientar que o caso nada tem a ver com direitos humanos, Geng disse que os atos do uigur visavam "justificar ações terroristas, separar o país e estimular o ódio, o que é intolerável para qualquer país".
Geng informou que a presença do alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra'ad, na cerimônia de premiação "severamente vai contra os princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas" e "interfere nos assuntos internos da China".