Hong Kong, 30 set (Xinhua) -- A China deverá lançar em 2020 a operação comercial da rede móvel de 5ª geração (5G) e alcançar uma aplicação em grande escala em 2022 ou 2023, disse uma especialista do Ministério da Indústria e Informatização (MII) da China em uma última entrevista à Xinhua, em Hong Kong.

Wang Zhiqin, da Academia Chinesa de Pesquisa de Telecomunicação da pasta, disse que o país começou a pesquisa e desenvolvimento da 5G ao mesmo tempo que outros países. Em 2013, o governo chinês estabeleceu o Grupo de Promoção IMT-2020 (5G) para impulsionar a promoção sistemática dessa tecnologia.

Como um dos líderes do grupo, Wang disse que o MII fez parcerias em janeiro para conduzir o maior experimento mundial de pesquisa e desenvolvimento da tecnologia 5G e completou o teste da primeira fase em setembro.

"A China está disposta a formular um padrão global unificado de 5G com outros países", disse, acrescentando que a pesquisa mundial sobre o tema começou em março e que a primeira versão deve ser concluída em junho de 2018.

"Nós começamos cedo e acumulamos muita experiência", opinou. "Eu espero que a China possa ser um dos players dominantes na formulação do padrão."

Ela explicou que a telecomunicação é uma enorme indústria globalizada e que os clientes querem um padrão unificado: "Precisamos ser mais responsáveis e cooperar com as empresas internacionais dominantes".

Ela disse que a 5G é projetada para a Internet de Todas as Coisas (IoE), enquanto a 4G oferece internet móvel para as pessoas. Com a crescente demanda por baixo delay e alta confiabilidade, a quarta geração enfrenta grandes desafios.

"O delay da 4G é de 10 a 20ms, mas alguns cenários exigem baixo delay e alta confiabilidade, de menos e 0,5ms, e a 5G pode fazer isso."

Ela citou a condução automática como exemplo: "Para realizá-la, os veículos devem ser conectados um com o outro e ter a habilidade de evitar colisões sob alta velocidade, o que exige um delay muito baixo."

A China atribuiu grande importância à 5G no 13º Plano Quinquenal nacional (2016-2020) e estabeleceu a meta de comercializá-la até 2020.