Xi'an, 28 set (Xinhua) -- Convidados estrangeiros em um seminário sobre a iniciativa de Cinturão e Rota, que foi encerrado na terça-feira, elogiaram a inciativa proposta pela China.
Durante o evento de dois dias na província de Shaanxi, no noroeste da China, o ex-primeiro-ministro da República Tcheca, Jiri Paroubek, disse que a iniciativa de Cinturão e Rota pode acelerar o crescimento econômico de muitos países eurasiáticos e que a iniciativa se tornará uma força motriz para o desenvolvimento da economia mundial.
A iniciativa também vai promover a paz mundial, encorajando as pessoas a se focarem mais nos negócios e na prosperidade econômica, disse ele.
Para Charles Onuaiju, diretor do Centro de Estudos de China da Nigéria, a iniciativa de Cinturão e Rota é uma iniciativa que vai destacar a inclusividade e a participação.
A iniciativa leva em consideração a esperança das pessoas por uma vida melhor e a diversidade de valores no mundo, destacou Charles.
Durante o seminário, Slawomir Jan Debski, diretor do Instituto Polonês de Relações Internacionais, disse que é compreensível que os países pequenos ao longo do Cinturão e Rota tenham dúvidas ou hesitações em relação a iniciativa, já que a China é um país grande.
Ele pediu por maior entendimento mútuo e uma estratégia de benefício mútuo através da cooperação.
Proposta pelo presidente chinês Xi Jinping em 2013, a inciativa de Cinturão e Rota se refere ao Cinturão Econômico da Rota da Seda e à Rota da Seda Marítima do Século 21. Ela reúne países da Ásia, Europa e até da África por rotas aéreas e marítimas.
Durante os primeiros oito meses de 2016, o comércio entre a China e os países ao longo do Cinturão e Rota passou dos US$ 600 bilhões, 26% do total do comércio exterior da China, disse Fang Aiqin, vice-ministro do Comércio.
De janeiro a agosto, a China investiu cerca de US$ 10 bilhões nos países ao longo da iniciativa através de instituições financeiras, incluindo o Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas e o Fundo da Rota da Seda.
He Lifeng, vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, disse que nos três anos desde o lançamento da iniciativa, mais de 30 países assinaram acordos de cooperação com a China sobre o assunto.
De acordo com um relatório divulgado pela Universidade do Povo (Renmin) da China no seminário, mais de 100 países e organismos internacionais estão envolvidos na iniciativa, e mais de 30 países ao longo da nova Rota da Seda têm acordos de cooperação com Beijing. A China também tem trabalhado com mais de 20 nações em projetos de capacidade industrial.
O seminário, realizado na cidade de Xi'an - ponto final da antiga Rota da Seda-, atraiu cerca de 300 convidados de think tanks, mídia e do mundo dos negócios de todo o mundo.