Premiê chinês pede esforços conjuntos para promover desenvolvimento sustentável

Fonte: Xinhua    22.09.2016 13h40

Nações Unidas, 22 set (Xinhua) -- O premiê chinês, Li Keqiang, participou na quarta-feira do anual debate de alto nível da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para expressar as opiniões do país sobre os assuntos internacionais e propostas para promover o desenvolvimento sustentável e lidar com os desafios globais.

Essa foi a primeira vez que Li, que tomou posse como premiê chinês em 2013, discursou na Assembleia Geral de 193 membros.

O tema do debate geral da 71ª sessão da Assembleia Geral da ONU é "Metas do Desenvolvimento Sustentável: um impulso universal para transformar nosso mundo".

Enfatizando que a China atribui grande importância à implementação da Agenda 2030 para Desenvolvimento Sustentável, Li disse que o país desempenhou um papel em promover os líderes do Grupo dos Vinte (G20) para atingir um acordo sobre o desenvolvimento sustentável e traçar um plano de ação durante a Cúpula do G20 realizada na cidade de Hangzhou, no leste da China, no início de setembro, que ajuda a acrescentar novo ímpeto nos esforços do desenvolvimento sustentável global.

Ele pediu à comunidade internacional que lide em conjunto com os desafios globais para construir uma estrutura global inovadora, revigorada, interconectada e inclusiva para o desenvolvimento sustentável.

Em nome do governo chinês, Li divulgou o plano nacional do país para a implementação da Agenda 2030 na sede da ONU, em Nova York, na segunda-feira.

O primeiro-ministro pediu aos países que apoiem as Nações Unidas e o Conselho de Segurança que desempenhem um papel dirigente nos assuntos internacionais e continuem a melhorar o mecanismo da governança global.

Os países também devem seguir a direção geral de buscar solução política para os assuntos de destaque e construir uma parceria global com características de diálogo em vez de confronto, parceria em vez de aliança, disse.

Sobre os atuais desafios econômicos, Li afirmou que a economia mundial está enfrentando problemas de demanda insuficiente e contradição estrutural proeminente.

Ele sugeriu que os países adotem diversas ferramentas de política para lidar com os problemas econômicos, combinando a gestão no lado de demanda e a reforma no lado de oferta, assim como políticas a longo e curto prazos.

Todos os países precisam traçar as macropolíticas de maneira responsável e tomar medidas para lidar com os impactos causados pela globalização econômica, disse Li.

Ele pediu aos países que se oponham firmemente ao protecionismo em todas as formas e salvaguardem o sistema do livre comércio representado pela Organização Mundial do Comércio, a fim de promover a economia mundial para que se desenvolva no caminho de crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo e que se empenhem para criar um ambiente internacional que seja favorável para reduzir a desigualdade e o desequilíbrio do desenvolvimento global.

As organizações internacionais devem alocar primeiro a ajuda recém-acrescentada para os países em desenvolvimento, enquanto os desenvolvidos devem cumprir com sua promessa de ajuda para os em desenvolvimento, na esperança de ajudá-los a explorar uma via de desenvolvimento apropriada para sua situação nacional, disse.

A economia da China mantém um rápido crescimento desde a adoção da política de reforma e abertura três décadas atrás, assinalou.

Apesar dos sérios desafios internos e externos, a economia ainda mantém um crescimento médio-alto devido à inovação e reforma, disse.

Ele prometeu que a China continuará a aprofundar sua reforma e a seguir a política de abertura, promoverá a construção da Iniciativa Cinturão e Rota e a cooperação internacional na capacidade de produção, para alcançar ganhos recíprocos.

Como um grande país em desenvolvimento e com uma população de 1,3 bilhão de pessoas, a China cumpre seriamente com suas devidas obrigações internacionais, Li disse.

A China forneceu 400 bilhões de yuans (US$ 59,9 bilhões) para 166 países e mais de 30 organizações internacionais e regionais e formou 12 milhões de pessoas em diversos setores para outros países em desenvolvimento, disse Li.

O país também fornecerá US$ 300 milhões em ajuda humanitária para os países pertinentes e organizações internacionais para lidar com a crise de refugiados, acrescentou.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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