Nova York, 22 set (Xinhua) -- O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, declarou que a economia chinesa necessita e é capaz de manter um índice de crescimento de médio a alto.
Li fez a declaração na terça-feira em um jantar de boas vindas oferecida pelo Clube Econômico da Nova York, o Comitê Nacional das Relações EUA-China e o Conselho de Negócios EUA-China.
Em relação à débil recuperação econômica global e ondas de conflitos geopolíticos, nenhum país pode permanecer imune a esses fatores instáveis e incertos, disse Li diante de cerca de 1.000 líderes empresariais norte-americanos. O primeiro-ministro chinês está em Nova York para participar de uma série de conferências da ONU e para reunir-se com um amplo espectro de americanos.
A economia da China, que se integrou profundamente no mundo, está se desacelerando, mas continua mantendo um crescimento estável, a uma taxa anual de 6,7% no primeiro semestre deste ano, o que não é fácil para uma economia que chegou a US$ 10 trilhões, assinalou.
Com uma taxa de crescimento anual de entre 6% e 7%, a economia da China pode adicionar anualmente um volume equivalente a uma economia média, indicou Li.
A China ainda precisa crescer a taxas de médias a altas, pois há 14 milhões de trabalhadores se incorporando todos os anos nas áreas urbanas. A China também precisa liberar uma guerra contra a pobreza, que ainda afeta cerca de 50 milhões de chineses, comentou o primeiro-ministro.
O país é capaz de manter o crescimento de médio a alto graças aos atuais esforços para reestruturar e melhorar sua economia e à emergência de novos motores e dinâmicas de crescimento, afirmou Li à plateia.
Os grandes êxitos que a China atingiu nas últimas três décadas são atribuíveis à reforma e abertura, que ainda é crucial para a atual reestruturação e a modernização econômicas, assinalou o primeiro-ministro chinês.
O encontro ocorreu depois de que o primeiro-ministro se reuniu com o presidente norte-americano, Barack Obama, em Nova York. Nessa reunião, Li pediu esforços consertados para promover as relações econômicas e comerciais entre as duas principais economias do mundo.
A cooperação econômica e comercial é a "pedra angular" e o "propulsor" das relações sino-americanos, disse o primeiro-ministro durante suas negociações.
Elevar a cooperação China-EUA é benéfico para os interesses fundamentais dos dois povos e o desejo comum da comunidade mundial, afirmou. Além disso, expressou o desejo da China de aprofundar a cooperação bilateral, regional e global em diversas áreas.
Obama reiterou que seu país apoia o processo de reforma da China e que espera que as duas partes possam obter um maior progresso nas negociações do tratado de investimento bilateral.
Li assistiu ao debate geral da 71ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas na quarta-feira antes de viajar ao Canadá para continuar sua viagem, que também incluirá Cuba.