O advento de uma nova vaga de casinos prepara-se para iniciar operações em Macau, fruto de um movimento das operadoras locais para atrair os apostadores de volta à Região Administrativa Especial. Paira no ar a esperança de uma recuperação no setor do jogo.
Esta esperança é alimentada pela senda de construções que teve lugar ao longo do último ano. A maior hub mundial a operar no setor acrescentou no último mês ao panorama de Macau aquele que é o seu casino mais caro até à data – o Wynn Palace, de 4,2 biliões de dólares, do magnata americano Steve Wynn. Apenas um mês depois, abre em Macau o Parisian Macao, num valor de 2,9 biliões de dólares, do bilionário americano Sheldon Adelson.
A MGM Resorts avançará no próximo ano com o MGM Cotai de 3,1 biliões de dólares, enquanto a SJM Holdings se prepara para inaugurar o Grand Lisboa Palace, de 3,9 biliões de dólares, em 2018.
O “enxame” de novos casinos surge após as receitas brutas terem caído em 4,5% em julho para 2.2 biliões, dando continuidade a uma queda que se prolonga desde há 26 meses seguidos.
Porém, as receitas de julho contrariaram as estimativas dos analistas de uma queda de 5.5%, enquadrando-se nas perspetivas otimistas de Sheldon Andelson e da JP Morgan Chase, que veem sinais de uma reviravolta no horizonte.
O jogo é uma parte fundamental da economia macaense desde a década de 50 do século XIX, quando os administradores portugueses legalizaram e passaram a coletar impostos no setor. O boom dos casinos deu-se após a transferência de soberania para a China, passando a ser possível aos casinos estrangeiros operar no território em 2002.