Alemanha: G20 precisa de um quadro estratégico de longo prazo

Fonte: Diário do Povo Online    02.09.2016 14h09

Por Guan Kejiang, Diário do Povo

Stormy Annika Mildner, coordenadora alemã da Cúpula do B20 (Business 20), em uma entrevista ao Diário do Povo, refere que a agenda da cúpula em Hangzhou é oportuna para frisar ações comuns e coordenadas do G20. “O G20 precisa de uma orientação de desenvolvimento estratégico de longo prazo, ” afirmou Mildner, “através dessa plataforma, o G20 pode reforçar a cooperação, aproveitar oportunidades e enfrentar desafios. ”

Como país presidencial do G20, a China destaca a necessidade de tomar ações comuns e coordenadas, além de introduzir temáticas como a inovação e finanças verdes, disse Mildner. “Em certo grau, a cúpula de Hangzhou representa uma nova mudança, mas, simultaneamente, não ignora temas tradicionais como a interconectividade das infraestruturas, eficiência energética e política de investimento. ”

O relatório de propostas políticas sobre o B20 apresentado pelos setores industrial e comercial a nível mundial apresenta um plano prático para o G20 de Hangzhou, de acordo com Mildner. Se todos os membros insistirem em cumprir esse plano, o crescimento e a prosperidade podem ser estimulados.

O relatório sugere que todos os países não lancem políticas sobre o protecionismo e cumpram estritamente os acordos da OMC, bem como o reforço da coordenação de acordos sobre o comércio regional.

Mildner apontou que a governança econômica global é um processo que conta com a participação de vários interessados. Além dos países soberanos, as empresas, sociedades e indivíduos, todos desempenham papéis importantes na elaboração e execução das políticas. Como fórum de vanguarda da cooperação econômica internacional, o B20 oferece apoio e propostas para que o G20 elabore políticas de crescimento sustentável. O apelo ao G20 para adotar ações no comércio digital, estabelecer um quadro de investimento multilateral e um mecanismo de supervisão são alguns exemplos.

No que diz respeito à influência da China, Mildner disse que a China não só tem uma enorme escala econômica, mas também desempenha um papel cada dia mais importante no investimento infraestrutural e no crescimento sustentável, como o controle das emissões de CO2. Uma maior importância significa maior responsabilidade, afirmou. “Após a adesão à OMC, a China tem adotado uma série de reformas importantes para promover o desenvolvimento sustentável e a integração na cadeia de valor global”. No entanto, o país asiático enfrenta ainda vários desafios, sendo que a criação da capacidade inovadora é a chave para a transformação da economia chinesa, assinalou. 

(Editor: Renato Lu,editor)

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