Uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse nesta segunda-feira que o Japão quis impor suas próprias intenções sobre os países africanos e tentou semear discórdia entre a China e a África.

A porta-voz, Hua Chunying, disse em uma coletiva diária de imprensa que a Conferência Internacional de Tóquio sobre Desenvolvimento Africano (TICAD, na sigla em inglês) realizada domingo em Nairóbi deveria ser uma plataforma multilateral para comunicações e cooperação com o objetivo de apoiar o desenvolvimento africano.

Porém, o Japão tentou a mudar a agenda da cúpula ao discutir a reforma do Conselho de Segurança da ONU e assuntos de segurança marítima, o que desagradou aos representantes dos países africanos, disse.

Os países africanos resistiram firmemente a politizar a TICAD e discutir problemas asiáticos na África e se opuseram firmemente à intenção do Japão de impor sua própria vontade na África, acrescentou.

Hua disse que a declaração da cúpula mostrou que o Japão finalmente teve de aceitar a visão dos países africanos, focando na cooperação de segurança marítima na África, e seguir os princípios da reforma do Conselho de Segurança da ONU feitos na cúpula da TICAD de 2015, em Yokohama.

A agência japonesa de notícias Kyodo disse que a declaração da cúpula foi feita tendo como pano de fundo as tensões no Mar do Leste da China e no Mar do Sul da China. Este tipo de reportagem não indica a verdade da conferência de modo objetivo nem respeita os países africanos, finalizou Hua.