Imprensa internacional: China e Mianmar vão reforçar a cooperação econômica

Fonte: Diário do Povo Online    17.08.2016 14h37

Aung San Suu Kyi

A convite do premiê chinês, Li Keqiang, a Conselheira de Estado e chanceler do Mianmar, Aung San Suu Kyi, inicia nesta terça-feira uma visita oficial pela China, o primeiro país fora da ASEAN que Aung San visita após assumir o cargo.

Segundo o jornal de Hong Kong, South China Morning Post, a cooperação econômica será o foco durante a sua visita.

Para Wu Shuying, analista de questões do Mianmar, além de responder ao convite da parte chinesa, Aung San Suu Kyi vai discutir com os líderes chineses a economia e a situação interna.

No que diz respeito ao aspeto econômico, espera-se que a chanceler reavalie alguns projetos controversos e interceda por vias de comércio com benefícios mútuos com a China. 

Segundo o website australiano EastAsiaForum.org, Aung San Suu Kyi manifestou que o Mianmar manterá boas relações com todos os países, incluindo a China.

A China, que partilha uma grande fronteira com Mianmar, é o maior parceiro comercial deste país, afirmou o Asahi Shimbun, acrescentando que a China tem ainda uma influência considerável na milícia da minoria étnica no país, e pode desempenhar um papel importante para a pacificação do Mianmar.

Aung San Suu Kyi, secretária-geral da Liga Nacional pela Democracia (LND), apresenta-se pragmática no tratamento de questões diplomáticas, afirmou um artigo publicado no site da Fundação Jamestown.

A líder dá sinais de entender que o Mianmar necessita do investimento chinês, e vê com bons olhos a iniciativa “Um Cinturão e Uma Rota”.

Com o investimento no Mianmar, a China comprova que a cooperação “ganha-ganha” é possível. Para o Mianmar, a realização do desenvolvimento e da paz necessita da ajuda da China; por outro lado, um Mianmar estável beneficia a promoção da iniciativa Cinturão e Rota.

Durante a visita, os dois países podem discutir discretamente o projeto sino-birmanês “Dique Mytsone”, suspenso por cinco anos.

Maung Maung Soe, prefeito de Rangum, a maior cidade do Mianmar, indicou que a iniciativa chinesa “Rota de Seda Marítima do Século 21” pode concretizar cooperações de benefícios recíprocos entre a China e a ASEAN, além de promover a interligação entre os dois blocos, criando assim oportunidades de intercâmbio econômico, humano e comercial. 

(Editor: Renato Lu,editor)

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