Tomomi Inada
A nova ministra de Defesa do Japão, Tomomi Inada, decidiu não visitar o Santuário Yasukuni neste dia 15 de agosto, data que marca o 71º aniversário da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial.
Inada, considerada uma ministra de direita no gabinete de Shinzo Abe, visitava todos os anos o Santuário Yasukuni, onde há placas que se referem a criminosos de guerra como Hideki Tojo, o primeiro-ministro japonês na época da Segunda Guerra Mundial.
Inada não reconhece o “julgamento de Tóquio”, nega o “massacre de Nanjing” e o recrutamento forçado das “mulheres de conforto”, e defende que o Japão deve possuir armas nucleares. Desde 2006, ano em que foi eleita como deputada no parlamento nacional, ela sempre visitou o Santuário Yasukuni no dia 15 de agosto.
Neste ano, Inada iniciou no último sábado (13) sua primeira visita oficial ao exterior. Segundo a emissora “NHK”, Inada partiu para uma viagem de quatro dias à Djibuti, país situado no nordeste da África. A visita em torno do aniversário da rendição surpreendeu muitos funcionários do ministério.
Para alguns parlamentares do Partido Liberal Democrata (PLD), Inada estava com um dilema sobre visitar ou não o Santuário. A visita tornaria mais tensas as relações com os países vizinhos, enquanto não visitar o local seria considerado um rendimento às pressões exteriores. Neste contexto, a viagem ao país africano se tornou uma opção mais segura.