Políticas de integração podem reduzir desperdício de energia da China, diz relatório

Fonte: Xinhua    06.07.2016 15h40

Beijing, 6 jul (Xinhua) -- Um novo relatório sugeriu que a China deve experimentar na região Beijing-Tianjin-Hebei políticas de integração de energia renovável similares àquelas adotadas na Alemanha e no Texas, para transmitir a energia excessiva e reduzir a energia eólica desperdiçada.

A integração da energia renovável será fundamental para a transição da China numa economia de baixo carbono. Embora a China lidere o mundo atualmente em termos de capacidade instalada de energia eólica e solar, os desperdícios de energia permanecem um grande desafio impedindo sua utilização completa, de acordo com um relatório divulgado pelo Instituto Paulson, um think tank dedicado ao crescimento sustentável.

O relatório indicou que a energia eólica e solar produzida em Zhangjiakou, na Província de Hebei, excedeu a demanda dessa pequena cidade, levando a alta taxa de desperdício. A cidade de Zhangjiakou, localizada perto de Beijing, é a primeira zona de demonstração de energia renovável de nível nacional da China.

O Instituto Paulson sugeriu que a China possa aprender com a Alemanha e Texas ao estabelecer Beijing-Tianjin-Hebei como um projeto-piloto para a integração regional de energia renovável, ligando a energia renovável produzida em Zhangjiakou com os centros de alta demanda de eletricidade como Beijing e Tianjin.

A Alemanha e Texas conseguiram taxas muito baixas de desperdício no ano passado, 1% e 0,5% respectivamente, graças as suas ações de reforma no planejamento de transmissão, distribuição de eletricidade e políticas de mercado, de acordo com o relatório.

China pode melhorar a coordenação de transmissão e o desenho da distribuição das energias renováveis dentro da região e adotar a estrutura de distribuição mais racional, sugeriu o relatório.

Assegurar que a energia limpa de Zhangjiakou possa atingir todas as regiões de Beijing-Tianjin-Hebei será a chave para a integração econômica da zona, e as políticas podem ser replicadas domesticamente e até mundialmente se foram bem-sucedidas, disse Anders Hove, autor do relatório e diretor-sócio do Instituto Paulson para Pesquisa da China.

(Editor:Juliano Ma,Renato Lu)

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