Beijing pede à África notícias imparciais sobre Mar do Sul da China

Fonte: Xinhua    24.06.2016 13h34

Beijing, 24 jun (Xinhua) -- Um alto funcionário de comunicação do Partido Comunista da China (PCCh) pediu às mídias africanas reportagens imparciais e justas sobre o Mar do Sul da China para apresentar um "Mar do Sul da China verdadeiro" para a África e o mundo.

Jiang Jianguo, vice-chefe do Departamento de Comunicação do Comitê Central do PCCh e chefe do Departamento de Comunicação do Conselho de Estado, fez o comentário no 6º Seminário do Desenvolvimento da Televisão Digitalizada da África, que atraiu em Beijing funcionários de quase 40 países asiáticos, africanos e latino-americanos.

Jiang disse que antes dos anos 1970 a comunidade internacional reconhecia amplamente que as ilhas no Mar do Sul da China pertencem à China, sem nenhum país contestar. No entanto, atraídos por petróleo e gás, alguns países litorâneos começaram a se intrometer e ocupar ilegalmente algumas das ilhas e recifes chineses, ressaltou.

Em particular, as Filipinas e alguns outros países procuram negar a soberania da China sobre as ilhas de Nansha.

"Poderíamos interrompê-los, mas em vez disso exercitamos grande restrição. No entanto, há um limite. Nunca colocaríamos a soberania do nosso país em risco."

O funcionário de comunicação do PCCh disse que a China sempre adere à resolução de disputas de territórios sobrepostos através de negociação e consulta pelos países diretamente envolvidos com base no respeito ao fato histórico e de acordo com as normas da lei internacional.

Jiang afirmou que a tentativa unilateral das Filipinas de arbitragem sobre o Mar do Sul da China é um jogo de Manila e "forças por trás dos bastidores", devido à não aceitação e não participação da China.

"A arbitragem não tem nenhum significado legal nem está contribuindo para a solução do assunto. Serve apenas para elevar a tensão."

A China fez uma declaração sobre exceções em 2006 de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS), que excluiu disputas sobre delimitação marítima, baías históricas ou títulos, como também as atividades militares e de imposição da lei nos processos de solução de disputas oferecidas na convenção.

O tribunal arbitral pode "criar um precedente perigoso e abrir a caixa de Pandora do mar" se arbitrariamente lançar um julgamento, enfatizou.

Jiang também criticou os Estados Unidos por "militarizarem o Mar do Sul da China em nome da não militarização".

"Isso aumentou as preocupações da China com seus próprios interesses e a deixou mais determinada em protegê-los."

Ele continuou a criticar algumas mídias ocidentais pela "cobertura seletiva" sobre o assunto do Mar do Sul da China por omitir e às vezes distorcer a verdade e posição da China, numa tentativa de "enganar a comunidade internacional".

"Espero que os nossos amigos dos institutos noticiosos africanos sejam justos, com mais atenção ao assunto do Mar do Sul da China, façam mais reportagem sobre a voz da China sobre o assunto e apresentem o Mar do Sul da China verdadeiro ao povo da África e do mundo."

(Editor:Juliano Ma,editor)

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