Beijing, 2 jun (Xinhua) -- A fabricante de celulares inteligentes da China Xiaomi adquiriu 2.500 patentes da Microsoft através de um acordo de transferência e de concessão recíproca de licenças, anunciou na quarta-feira um alto executivo da empresa em Beijing.
Como parte do acordo com a Microsoft, a Xiaomi comprou 1.500 patentes da Microsoft e assegurou os direitos para usar outras 1.000 mediante uma concessão recíproca de licenças, de acordo com o vice-presidente sênior da fabricante, Wang Xiang.
As patentes são na maioria das áreas tecnologia wireless, computação na nuvem, big data e multimídia, assinalou Wang.
Através da concessão recíproca de licenças, a Xiaomi também permitirá que a Microsoft use algumas de suas patentes de multimídia, câmera, design de celulares, sistemas operacionais e vídeo, acrescentou Wang.
Wang não revelou a quantia que a Xiaomi pagou.
As patentes ajudarão a Xiaomi a evitar processos potenciais por direitos autorais, especialmente no exterior. Em 2014, a Ericsson entrou com uma ação na Índia em que a acusava de violar patentes de tecnologia wireless.
De acordo com a consultora Strategy Analytics, Huawei, Oppo e Xiaomi foram as três maiores vendedoras de celulares inteligentes por remessa no primeiro trimestre deste ano na China. Globalmente, a Samsung e a Apple mantiveram as duas prmieiras posições em vendas durante o mesmo período, embora estejam perdendo mercado às rivais chineses, de acordo com a empresa consultora Gartner.
Sob o acordo com a Microsoft, a Xiaomi começará a comercializar em setembro telefones que já virão com os aplicativos Office e Skype.
O cofundador da Xiaomi, Lei Jun, é também presidente do conselho de administração da Kingsoft, que desenvolveu a série do Office WPS semelhante, à da Microsoft. Wang disse que a oferta da Microsoft representará mais opções para os usuários, especialmente para os consumidores estrangeiros que estão mais familiarizados com o pacote Office. Este será gratuito para os usuários da Xiaomi.
De acordo com Wang, a Xiaomi registrou 3.700 patentes na China e outros países em 2015, ante 2 mil em 2014.