
BEIJING, 17 de mai (Diário do Povo Online) – O novo plano de investimento em infraestruturas da China não é comparável ao estímulo de 2008, indicou um economista do J.P. Morgan.
O ministério dos Transportes e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma anunciaram que 4,7 trilhões de yuans (US$720 bilhões) serão investidos em infraestrutura entre 2016 e 2018, cobrindo 303 projetos.
A decisão foi mal interpretada como um estímulo semelhante ao que foi dado em 2008 em meio à crise financeira global. No entanto, não é o mesmo caso, apontou Zhu Haibin, economista-chefe da J.P Morgan China.
Zhu disse que os projetos incluem alguns em andamento e que a despesa está alinhada com a política atual, ao invés de um investimento adicional.
Em comparação com os planos anteriores, o 13º plano quinquenal conta com menos projetos em ferrovias e estradas, mas com mais investimentos em transporte ferroviário urbano e aeroportos, disse Zhu.
Com a queda contínua do investimento na manufatura e a alta dos imóveis, a construção de infraestruturas passou a ser o foco da política. É notável que o conceito de infraestrutura expandiu nos últimos anos cobrindo áreas como trens e metrôs urbanos, tubulação, reservatórios de água e meio-ambiente, disse Zhu.
Além disso, os 4,7 trilhões de yuans não são comparáveis aos 4 trilhões de 2008, disse. O montante de hoje representa 6,9% do PIB de 2015 ou 8,5% do investimento fixo, sendo usado em três anos.
Em 2008, o monte representava 14,9% do PIB de 2007 e 33,8% do investimento fixo. O gasto total com infraestruturas em 2007 foi de apenas 2,3 trilhões de yuans, contra os mais de 11 trilhões de yuans de agora.
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