EUA vendem carne de porco à China online via Alibaba

Fonte: Diário do Povo Online    05.05.2016 09h39

Uma consumidora escolhe carne de porco de um lote importado dos EUA num supermercado em Zhengzhou, a capital da província de Henan.

A indústria de carne suína dos Estados Unidos encontra-se a preparar uma parceria com o grupo Alibaba para disponibilizar os seus produtos aos internautas chineses.

A Federação de Exportação de Carnes dos EUA (USMEF em inglês), uma associação de comércio dedicada ao desenvolvimento internacional dos mercados para as carnes bovina, suína e caprina, entrou recentemente em contactos com o website de compras em grupo “Juhuasuan” e com a plataforma de comércio online Tmall, ambas operadas pelo gigante Alibaba, para permitir a comercialização de produtos derivados da carne de porco até à China.

Um total de 4,000 pacotes de ombro de porco e de costeletas, com um peso de cerca de 10,000kg, estiveram à venda entre 26 e 28 de abril. Quase 3,000 pacotes de carne suína, juntamente com 170,000 sacos de especiarias, foram vendidos durante os três dias, atraindo 300,000 consumidores, de acordo com Lu Jianing, um porta-voz do Alibaba.

Cada pacote de 400 gramas foi vendido por 19 yuans, ou seja, 41,2 yuans por quilo, que, segundo a Juhuasuan, era inferior ao custo de mercado de 46 yuans.

A maioria dos compradores disse na secção de comentários que o preço era aceitável e que estavam satisfeitos com a entrega dentro de 24h.

Este ano a China defrontou-se com a escassez de carne de porco e com a subida dos preços. O preço médio da carne de porco na semana que terminava a 29 de abril era de 26,24 yuanes por quilo, uma subida face aos 17,88 yuanes registados no ano anterior, de acordo com o Ministério da Agricultura.

“A subida de preços e das importações da carne de porco têm sido foco de atenção recentemente”, disse Lu. “Achamos que é uma boa oportunidade para promover o nosso serviço”.

A escassez de carne de suíno na China, um resultado da diminuição de cabeças de gado e da queda na produção, é também uma oportunidade para a indústria americana aumentar as vendas no mercado chinês, que consome cerca de metade da carne de porco do mundo.

Porém, o acesso ao mercado chinês é “limitado e custoso”, devido aos requisitos “rigorosos” impostos pela China e à competição europeia.

Para Philip Seng, presidente da USMEF, estes obstáculos são superáveis: “As condições de importação da China são exigentes, mas o país não tem falta de fornecedores capazes de ir de encontro aos seus padrões”. O presidente considera que a parceria com o Alibaba ajuda a indústria dos EUA a explorar as potencialidades que o setor online oferece no acesso ao mercado chinês.

Edição: Mauro Marques 

(Editor:Renato Lu,editor)

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