A presidente de Brasil, Dilma Rousseff inaugura nova fase do programa Minha Casa, Minha Vida, em Brasília, Brasil, em 30 de março de 2016. (Xinhua/ Presidência do Brasil)
BRASÍLIA, 31 mar (Diário do Povo Online) -- A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, afirmou ontem que o processo de impeachment que pode culminar com a sua saída do cargo é um golpe.
Ao anunciar a nova fase do programa "Minha Casa Minha Vida", no Palácio do Planalto, a mandatária lamentou o clima de intolerância política no país.
Diante de representantes do Movimento dos Sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Dilma afirmou que "é de má fé dizer que o impeachment é correto".
O governo brasileiro rejeita a legitimidade do processo que está sendo analisado na Câmara dos Deputados, uma vez de que não pesa sobre a presidente nenhum crime.
"O que está em pauta no impeachment são as contas públicas de 2015. Agora, as contas de 2015 só vão ser apresentadas em abril, elas não foram julgadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e nem pelo Congresso Nacional. Que processo é esse?", questionou ela.
Dilma afirmou que um presidente "tem de ser eleito diretamente" pela população, e "não existe essa história de que não eu não gosto do governo e então ele cai".
" Quem não tem nenhum motivo para tirar do poder um governo que tem o seu fundamento na Constituição, ele quer atacar os direitos da população. Se fazem isso contra mim, o que farão contra o povo?", disse a presidente Dilma.
A presidente disse ainda que aqueles que buscam interromper de maneira prematura o seu mandato, serão responsáveis pelo atraso do crescimento econômico do país.
Edição: Rafael Lima