Quatro fatores que levam os líderes chineses a participar da Cúpula de Segurança Nuclear

Fonte: Diário do Povo Online    30.03.2016 15h32

Por Lu Xiaoxun

O terror dos ataques terroristas em Bruxelas ainda não desapareceu, enquanto as usinas de energia nuclear da Bélgica enfrentavam novas ameaças terroristas, como por exemplo, a evacuação de emergência dos funcionários das usinas e o assassinato de um dos seguranças, o que chamou a atenção de todo o mundo.

O terrorismo nuclear é uma das ameaças mais desafiadoras para a segurança internacional. Desde a primeira Cúpula de Segurança Nuclear realizada há seis anos, até a deste ano, o presidente chinês participou de todo o processo, refletindo a atenção que a China dá para a segurança nuclear e a responsabilidade para com a segurança internacional.

Nos últimos anos, embora não tenha ocorrido grandes incidentes nucleares, a situação envolvendo o terrorismo preocupa. O aumento no número de países com armas nucleares e usinas de energia nuclear, e a ampla utilização da tecnologia nuclear em áreas como agricultura e medicamentos, aumentaram o a propagação de materiais nucleares. A participação positiva dos países no mecanismo global de governança da segurança nuclear, representado pela Cúpula de Segurança Nuclear, é uma necessidade objetiva para proteger a segurança nacional e a escolha inevitável para criar um ambiente internacional favorável ao desenvolvimento pacífico.

Com muitos países vizinhos possuindo tecnologia nuclear, a China é o país com os maiores projetos de energia nuclear em construção, promovendo ativamente a exportação de materiais nucleares. A participação na cúpula pode ajudar o país a aprender com a experiência estrangeira, promover a segurança nuclear doméstica e fornecer maior segurança para a exportação de material nuclear.

A participação da China reforça a sua voz na área de segurança nuclear internacional, mostrando o papel aberto, confiante e responsável de um grande país. Nas cúpulas, alguns princípios importantes propostos pela China receberam grande apoio e foram apresentados no documento final de resultados da cúpula, incluindo questões de segurança na área civil, problemas relacionados ao desarmamento nuclear e a não-proliferação nuclear. No comunicado da cúpula de Haia também se escreveram o papel chinês de demonstração sobre a segurança nuclear e as propostas no reforço da construção das capacidades de emergência nuclear.

A Cúpula de Segurança Nuclear abriu um novo processo de cooperação sino-norte-americanas sobre a segurança nuclear. Os dois países são os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e as potências nucleares, com interesses e responsabilidades comuns na governança nuclear global. De acordo com o consenso atingido entre os líderes de dois países na primeira cúpula, o centro de demonstração de segurança nuclear construído pelos dois países em Beijing foi concluído em março deste ano, um centro de formação e intercâmbio de segurança nuclear com a maior escala e as instalações mais avançadas na região Ásia-Pacífico até no todo mundo. A cooperação sino-norte-americana na área de segurança nuclear vai ajudar ambos os lados para continuar a construir novas relações entre grandes potências.

Segundo salientou o presidente Xi Jinping na Cúpula de Segurança Nuclear de 2014, a segurança nuclear, como um tema de interesse global, é de responsabilidade sua e de todo o mundo. Por isso, as quatro vezes em que a China participou das cúpulas não são, como algumas críticas apontaram, para fazer uma espécie de show no palco internacional. A China participa ativamente no processo de segurança nuclear, a fim de não apenas de desenvolver a segurança nuclear interna, mas também para aumentar a influência e a voz da China na governança relacionada a segurança nuclear global.

(Editor:Juliano Ma,editor)

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