China diz que EUA estão envolvidos em arbitragem das Filipinas sobre Mar do Sul da China

Fonte: Xinhua    23.03.2016 14h14

Beijing, 23 mar (Xinhua) -- A China criticou na terça-feira os Estados Unidos por estarem por atrás da arbitragem sobre o Mar do Sul da China iniciada pelas Filipinas, depois das declarações de um importante diplomata norte-americano de que a próxima decisão sobre o caso será um momento crítico para o futuro "baseado em regras" da região.

"Como o ministro das Relações Exteriores Wang Yi disse, a ação das Filipinas de levantar o caso de arbitragem é ilegal, desleal e irracional", disse a porta-voz da chancelaria chinesa Hua Chunying em uma entrevista coletiva cotidiana.

"Sua teimosia é claramente o resultado de uma instigação e de manobras políticas nos bastidores. A China, com certeza, não vai continuar fazer a vontade desta farsa política", disse Hua.

Daniel Russel, o mais alto diplomata norte-americano para o leste da Ásia, comentou recentemente que a próxima decisão de um tribunal internacional sobre o caso de arbitragem apresentada pelas Filipinas será um momento crítico para o futuro "com base em regras" da região.

"É interessante que os EUA mencionam sempre a arbitragem e a Convenção da ONU sobre a Lei do Mar (UNCLOS). Se a parte norte-americana quer manter a estabilidade e a ordem no Mar do Sul da China, por qual motivo não se uniu ainda à convenção?", perguntou Hua.

Sobre a atividade dos navios de guarda costeiro da China ao redor da ilha Huangyan, Hua disse que a China teve que fortalecer o manejo nas águas para salvaguardar sua soberania e a estabilidade e a ordem local, pois navios de pesca filipinos estiveram envolvidos recentemente em atividades ilegais na região.

Ao sublinhar que a ilha Huangyan forma parte inerente do território chinês, Hua disse que os navios de serviço público chineses pediram os navios filipinos a sair de acordo com a lei, mas aqueles que estiveram a bordo dos navios ignoraram as advertências e tiraram facas e lançaram combustível aos oficiais de aplicação da lei chineses.

Tais ações "desafiam descaradamente a lei e a ordem chinesas" e "põem em perigo severo a estabilidade e a ordem nas águas da ilha Huangyan", disse Hua.

"Portanto, a China não teve escolha senão fortalecer o manejo das águas da ilha", disse ela.

(Editor:Juliano Ma,editor)

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