Beijing, 23 mar (Xinhua) -- A China pediu que o Japão enfrente a história, já que os novos livros para escolas secundárias contêm muito menos descrições sobre o Massacre de Nanjing e declaram as Ilhas Diaoyu como "território inerente" do Japão.
"Nós, do lado chinês, estamos seriamente preocupados e apresentamos representações solenes ao Japão", disse ontem a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, em uma entrevista coletiva regular.
Hua reafirmou que as Ilhas Diaoyu e suas ilhotas adjacentes têm sido uma parte inerente do território chinês desde os tempos antigos.
"Não importa como o Japão tenta propagandear sua posição errada sobre as ilhas, nunca mudará o fato de que a China tem soberania sobre elas", disse Hua.
"O Massacre de Nanjing foi um crime severo cometido pelos militaristas japoneses durante a Segunda Guerra Mundial", disse Hua, acrescentando que a China tem abundantes evidências históricas e judiciais para prová-lo.
A porta-voz disse que o apagamento substancial de fatos históricos mostra a relutância do Japão em enfrentar a história, "o que é um sinal perigoso".
Na última revisão, 259 livros escolares receberam aprovação dentre os 261 envolvidos no processo, de acordo com o Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia.
"Nós pedimos que o Japão reflita sobre sua agressão militarista, eduque corretamente sua geração mais jovem e melhore os laços com seus vizinhos com ações práticas", indicou Hua.