Beijing, chegou a hora de “emagrecer”

Fonte: Diário do Povo Online    05.03.2016 15h44

Por Hu Zexi

Recentemente, para resolver os problemas de congestionamento, falta de estacionamentos e poluição ambiental, a vila de Taihu do distrito de Tongzhou, em Beijing, construiu 25 estações de aluguel de bicicletas públicas. A primeira fase dispõe de mil bicicletas e cobre 80% da vila. [Fonte: site do governo do distrito de Tongzhou]

“Beijing tem o firme propósito de “entrar em forma” para aliviar a pressão sobre a estratégia de descentralização das funções urbanas”, disse Guo Jinlong em um artigo publicado no Diário do Povo durante as Duas Sessões anuais. No artigo, Guo, que é deputado da Assembleia Popular Nacional e Secretário do Partido no Comitê Municipal de Beijing, falou sobre a reforma na administração da capital chinesa.

Guo disse que Beijing atingiu a meta de reduzir a ‘velocidade’ e o ‘volume’ do crescimento da população permanente residente na capital chinesa. Entretanto, ao mesmo tempo em que se logrou esse objetivo, a vitalidade econômica da cidade não diminuiu. Em 2015, o PIB da cidade chegou a 2,3 trilhões de yuans (US$ 380 bilhões), 79,8% dos quais gerados pelo setor terciário. A renda dos residentes tanto urbanos como rurais cresceu a uma velocidade mais rápida que a do crescimento econômico.

Pequim tem sido a capital do país por muito tempo, mas acumulou muitos problemas que não correspondem ao de uma capital, como congestionamentos, poluição atmosférica, aumento do preço das casas e a dificuldade na governança da sociedade. “Beijing é uma cidade que tem uma típica estrutura de um centro único. A maioria das funções da cidade se concentram no centro, o que gera uma pressão enorme no trânsito, reduz a eficiência da cidade e gera uma exacerbada poluição atmosférica”, disse o urbanista Gu Shengzu, enquanto analisava os problemas de “saúde da grande cidade” de Beijing.

Em fevereiro de 2014, o presidente chinês, Xi Jinping, levou a cabo uma pesquisa sobre Beijing para analisar a eficiência do controle do tamanho da população na capital e melhorar a distribuição da população na região. O “Plano de desenvolvimento coordenado da região Beijing-Tianjin-Hebei”, divulgado em 2015, propôs que a população de Beijing seja mantida abaixo dos 23 milhões até 2020, diminuindo em 15% o número de pessoas nos seis principais distritos da capital em comparação com o ano de 2014, além de aliviar o problema dos congestionamentos e melhorar a qualidade do ar e da água em Beijing até 2020. Enquanto isso, Beijing começou a construir o Sub-Centro administrativo de Tongzhou, para onde se planeja mudar pouco a pouco muitos órgãos administrativos municipais de Beijing.

Guo Jinlong também mencionou no seu artigo que Beijing vai fortalecer ainda mais as suas funções internacionais e se esforçará para se tornar em uma capital harmoniosa e habitável de nível internacional.

(Editor:Juliano Ma,editor)

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