Para ministro das finanças, consenso na reunião de ministros do G20 em Shanghai impulsiona a economia

Fonte: Diário do Povo Online    05.03.2016 15h10

Por Li Lihui

Ministro das Finanças da China, Lou Jiwei

“Vamos comentar sobre os problemas financeiros na coletiva de imprensa das Duas Sessões. Hoje eu queria explicar os resultados da reunião de ministros das finanças e presidentes dos bancos centrais dos países do G20”, disse o ministro das finanças da China, Lou Jiwei, em uma entrevista antes das Duas Sessões. Lou explicou em detalhes os consensos alcançados na reunião do G20 em Shanghai e as reivindicações das principais economias para enfrentar os problemas e riscos, mas sem exagerar os problemas.

Lou afirmou que segundo o consenso básico alcançado nas reuniões do G20, o nível de volatilidade dos mercados internacionais não reflete os fundamentos da economia mundial, e que as economias dos principais mercados emergentes permanecerão sendo fortes. Para ele, esse consenso é em si mesmo um sinal para estimular a economia.

“A comunidade internacional tem grandes expectativas em relação à reunião, e todos temos grande esperança de que a China desemprenhe um papel positivo no G20. A China será o país anfitrião do G20, tem estado no centro de palco internacional e tem assumido grandes responsabilidades,” disse Lou.

As partes chegaram a um acordo sobre a importância das reformas estruturais e ratificaram as duas propostas apresentadas pela China: levar a cabo as reformas estruturais em áreas chaves e estabelecer um sistema de avaliação do progresso das mesmas.

As reformas estruturais da China terão um efeito de “demonstração” no âmbito internacional. Lou afirmou que o governo chinês está promovendo de maneira vigorosa as reformas estruturais, especialmente a simplificação da administração e a descentralização dos poderes. Atualmente, o governo chinês já agilizou centenas de processos administrativos e todas as cidades contam com centros de serviços administrativos para acelerar os processos de aprovação pertinentes. Lou também convidou os ministros e banqueiros centrais a observarem o novo aspecto das cidades chinesa. Os trâmites que levavam meses ou até mesmo anos para serem resolvidos, agora são feitos poucas semanas e até em alguns dias apenas, promovendo o empreendedorismo e a inovação.

Lou listou várias políticas que apoiarão o crescimento econômico da China no médio e longo prazo, incluindo a política de redução dos impostos e a promoção da urbanização. A China está promovendo a reforma do “Hukou”, o sistema de registro de residência que dá acesso ao sistema básico de educação, assistência médica e seguridade social tanto nas cidades como nas zonas rurais, a fim de estimular o emprego e acesso à residência para os trabalhadores que migram do campo para trabalhar nas cidades, permitindo que a mão de obra se ajuste de acordo com as exigências locais de mobilidade.

Para a política monetária, Lou disse que muitos países se preocupam com as influências negativas das taxas de juros baixas ou até mesmo negativas, especialmente as negativas. Em relação aos balanços, as taxas de juros negativas podem agravar os ativos bancários e, caso os juros fiquem negativos por muito tempo, o sistema bancário poderá enfrentar problemas.

“O G20 não assinou nenhum novo acordo-quadro em Shanghai. Isto são declarações de pessoas que querem chamar a atenções”, disse Lou, destacando que o “acordo-quadro” é um arranjo institucional e que as reuniões do G20 em Shanghai se focaram nos problemas de política cambial, que pertence a uma comunicação informal sobre determinadas políticas.

(Editor:Juliano Ma,editor)

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