Estabilidade da economia chinesa é importante para o mundo, diz analista argentino

Fonte: Diário do Povo Online    29.02.2016 16h19

Por: Ye Shuhong e Juan Manuel Nievas

BUENOS AIRES, 29 fev (Diário do Povo Online) -- A estabilidade da economia chinesa é importante para o mundo em geral e para os seus sócios comerciais em particular, afirmou hoje o argentino Gustavo Girado, analista da empresa de consultora Ásia & Argentina.

Em entrevista exclusiva à agência de notícias Xinhua, o pesquisador argentino abordou a situação do país asiático antes das assembleias políticas anuais que se realizarão nos próximos dias.

“A estabilidade da economia chinesa é muito importante para o mundo em geral e em particular para os seus sócios comerciais, uma vez que nos interessa e muito que a China siga comprando nossos produtos, já que isso alivia nossa situação de restrição externa (falta de divisas)," disse ele.

O especialista argentino também afirmou que "uma China dinâmica terá mais capital para exportar, e sabemos que a Argentina (e em geral muitas economias em via de desenvolvimento) necessita dos investimentos que a China pode fazer para nosso crescimento".

Ele também se referiu a iniciativa "Um Cinturão e Uma Rota" apresentada pelo presidente Xi Jinping em 2013.

"Vejo essa estratégia como uma grande política que serve de marco para a projeção da China a nível global. O projeto demandará capital dos novos bancos (tais como o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII) e o Banco dos BRICS) e as empresas dos países sócios desses bancos vão ter inúmeras oportunidades para participar nas obras de infraestrutura", explicou.

"A estratégia desenhada para ter uma projeção econômica é importante, pois vem acompanhada de uma projeção cultural e política que a China deverá aproveitar", observou o analista argentino.

Nesse sentido, digo que "se as empresas chinesas desejam continuar com a política desenhada pelo Partido Comunista da China (PCCh) há mais de uma década ("Go global"), é indispensável sair ao exterior por meio de projetos associados com outras empresas. Essa rota deverá reduzir os custos para tornar os produtos mais competitivos, mas não somente aos produtos chineses, senão também aos produtos dos países da rota, que são os que vão receber os investimentos".

No próximo dia 3 de março serão inauguradas em Beijing a quarta sessão anual do 12o Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh), máximo órgão assessor político da China, e dois dias depois será iniciada a sessão anual da 12a Assembleia Popular Nacional (APN), máximo órgão legislativo do país.

Edição: Rafael Lima

(Editor:Renato Lu,editor)

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