Novo regulador financeiro enfrenta desafio de restaurar a confiança

Fonte: Diário do Povo Online    22.02.2016 14h14

Liu Shiyu, o novo regulador financeiro da China que veio substituir Xiao Gang, enfrenta a tarefa premente de tornar o mercado de equidades mais orientado para o mercado e de controlar o desenvolvimento de atividades ilegais.

Dong Dengxin, um investigador na área das finanças na Universidade de Ciência e Tecnologia de Wuhan, disse, “penso que o presidente da Comissão de Regulação Financeira da China tem um propósito desafiante.”

“O mercado chinês de capitais não atingiu ainda uma fase de maturação, por isso o público depende fortemente do governo. Este fator impõe muita pressão nesta tarefa.”

“Portanto, o lançamento de um registo de reforma IPO base e o refinar da Lei de Valores Mobiliários serão dois focos para o novo presidente.”

Li Shuguang, um professor de direito da Universidade de Ciência Política e Direito da China, disse que o afazer de Liu antes das sessões anuais do topo da legislatura no próximo mês revela que o governo central está a prestar atenção ao mercado de capitais, tendo este um papel positivo na transformação económica da China.

Hong Hao, diretor de gestão e estratégia na BOCOM International, disse: “A substituição do supervisor do mercado de ações anunciada durante o fim-de-semana pode ser ligeiramente positiva para o mercado nesta semana, tendo em conta que este já espera por uma política de apoio.”

Bernard Dewit, presidente da câmara de comércio sino-belga, disse que a substituição tem como objetivo o restauro da confiança dos investidores e demonstrar a determinação para colocar a performance de mercado de volta ao caminho certo.

“Este é um passo que atraiu a atenção global, e tenho a certeza que os mercados a nível mundial irão responder de forma adequada na segunda-feira”, disse Dewit.

Xiao Gang, de 57 anos, um ex-diretor do Banco da China, era chefe da CSRC desde março de 2013. Durante o mandato de Xiao, a alavancagem provocou um salto nos preços das ações no final de 2014, tendo o mercado colapsado em junho do ano passado, levando o governo a comprar ações, restrições nas vendas e a interdição temporária da venda de IPO’s. 

(Editor:Renato Lu,editor)

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